Política

PF identifica Braga Netto como líder em estratégia para desacreditar urnas eleitorais

General Walter Braga Netto é apontado como articulador de golpe contra o sistema eleitoral, segundo relatório da Polícia Federal.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Walter Braga Netto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Walter Braga Netto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

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A Polícia Federal (PF) identificou o general da reserva Walter Braga Netto como um dos principais articuladores de um esquema para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro. O relatório, enviado ao ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), revela que Braga Netto e seus aliados utilizaram informações falsas sobre fraudes eleitorais para preparar um golpe de Estado.

As evidências foram extraídas do celular do coronel Flávio Botelho Peregrino, ex-assessor de Braga Netto, que está preso preventivamente desde dezembro de 2023. O documento de 135 páginas destaca que o general participava de um grupo de WhatsApp chamado “Eleições 2022”, onde circulavam mensagens sobre a criação de documentos com alegações fraudulentas sobre as urnas eletrônicas.

Estratégias de Desinformação

O relatório indica que o grupo pretendia entregar um material manipulado ao então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, para questionar judicialmente o resultado das eleições de 2022. As informações falsas sustentaram ações do Partido Liberal (PL) no TSE, que contestava a vitória de Lula no primeiro turno.

Além disso, a PF aponta que o círculo de Braga Netto promoveu uma rede de desinformação, enviando “estudos falsos” a influenciadores digitais, como o argentino Fernando Cerimedo, que disseminou conteúdos questionando a integridade das urnas eletrônicas.

Tentativas de Acesso a Delações

Outro ponto crucial do relatório é a tentativa de acesso ilegal ao conteúdo da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. O coronel Botelho mencionou ter recebido informações sobre o acordo de colaboração, indicando uma tentativa de monitorar as investigações.

As articulações golpistas, segundo a PF, não se limitaram ao período pós-eleitoral. Mensagens entre Braga Netto e Mauro Cid revelam que a retórica golpista já estava em curso durante os atos de 7 de setembro de 2021, quando Bolsonaro atacou ministros do STF.

Defesa e Desdobramentos

Na semana passada, Braga Netto negou envolvimento em planos golpistas durante depoimento a Moraes. Sua defesa solicitou uma acareação com Mauro Cid, marcada para o dia 24 de outubro. A equipe jurídica tenta refutar as acusações de que o general teria participado de um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que supostamente envolvia assassinato de autoridades.

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