20 de jun 2025


Moraes autoriza visitas de familiares a ex-assessor de Bolsonaro preso por obstrução
Ministro autoriza visitas a Marcelo Costa Câmara, preso por suspeita de obstrução em investigações sobre atos golpistas de 8 de janeiro.

Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (Foto: Reprodução)
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou visitas de familiares ao ex-assessor de Jair Bolsonaro, Marcelo Costa Câmara, que está preso preventivamente no Batalhão da Polícia do Exército em Brasília. A decisão foi tomada nesta sexta-feira e permite que esposa, filhos, pais e irmãos de Câmara o visitem, desde que respeitadas as normas da unidade militar.
Câmara foi detido na quarta-feira, sob suspeita de tentar interferir nas investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, em conluio com o tenente-coronel Mauro Cid. O ex-assessor teria buscado, com a ajuda de seu advogado, informações sobre a colaboração de Cid para obstruir a apuração. Moraes destacou que as visitas devem ocorrer em dias e horários previamente estabelecidos pelo batalhão.
Detalhes da Decisão
A autorização de Moraes também estabelece que qualquer visita que não seja de advogados habilitados deve ser previamente autorizada pelo ministro. O despacho foi enviado ao comandante do batalhão, tenente-coronel Carlos Augusto da Silva Neto, com instruções para comunicação imediata.
Câmara descumpriu medidas cautelares anteriores, incluindo a proibição de uso de redes sociais e contato com outros investigados, o que, segundo Moraes, demonstra um "completo desprezo pelo Poder Judiciário". As interações entre Câmara e Cid, reveladas por meio de mensagens trocadas em uma conta de Instagram, levantam suspeitas sobre a tentativa de embaraçar as investigações.
Implicações Legais
O advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, defendeu sua atuação, afirmando que as perguntas feitas a Cid visavam proteger os interesses de seus clientes. Ele argumentou que não houve descumprimento das normas, já que as conversas ocorreram enquanto Câmara estava preso. A Polícia Federal deve ouvir Câmara e seu advogado em até 15 dias, o que pode trazer novos desdobramentos ao caso.
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