27 de jun 2025

Justiça argentina anula decreto de Milei que acabaria com feriado do servidor
Justiça suspende eliminação do "Dia do Trabalhador estatal" após recurso da ATE, enquanto Milei defende cortes em feriados e empregos públicos.

Milei suspendeu feriado que homenageava servidor público, mas medida foi barrada pela Justiça (Foto: Luis Robayo - 20.jun.2025/AFP)
Ouvir a notícia:
Justiça argentina anula decreto de Milei que acabaria com feriado do servidor
Ouvir a notícia
Justiça argentina anula decreto de Milei que acabaria com feriado do servidor - Justiça argentina anula decreto de Milei que acabaria com feriado do servidor
A Justiça argentina decidiu suspender a eliminação do "Dia do Trabalhador estatal", feriado que homenageava os servidores públicos, em resposta a um recurso da ATE (Associação de Trabalhadores do Estado). A medida foi anunciada na quinta-feira, 26 de junho, e impede a aplicação de um decreto presidencial assinado pelo governo de Javier Milei, que visava suprimir a data, celebrada em 27 de junho.
Milei, que tem promovido uma agenda ultraliberal, celebrou a decisão de eliminar o feriado em um discurso na cidade de La Plata, sem mencionar a suspensão judicial. O presidente argumentou que os servidores públicos não devem ter privilégios em relação aos trabalhadores do setor privado, que, segundo ele, são os verdadeiros responsáveis pelo pagamento dos salários.
O "Dia do Trabalhador estatal" foi instituído em 2013 durante o governo de Cristina Kirchner, atual líder da oposição. O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, descreveu o feriado como um símbolo do "culto ao estatismo", que, segundo ele, deve ser superado. O ministro de Desregulação e Transformação do Estado, Federico Sturzenegger, estimou que a manutenção do feriado custava cerca de 11 bilhões de pesos à administração pública.
Nos últimos 18 meses, o governo de Milei eliminou aproximadamente 50 mil empregos públicos em sua tentativa de reduzir o tamanho do Estado. Em meio a essas reformas, a Argentina registrou em 2024 seu primeiro superávit orçamentário anual em 14 anos. Contudo, a insatisfação popular cresce, com protestos de professores, estudantes e sindicatos exigindo melhores condições de trabalho e recursos para a educação.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.