27 de jun 2025

Moraes é acusado de censura nas redes sociais sem apresentar evidências claras
Postagens enganosas ironizam ministro Alexandre de Moraes, sugerindo remoções de comentários sem respaldo, alimentando desinformação.

Moraes é ligado, sem prova, à suposta censura nas redes sociais (Foto: Projeto Comprova)
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enfrenta críticas por suas decisões sobre a remoção de conteúdos desinformativos nas redes sociais, especialmente entre apoiadores do bolsonarismo. Recentemente, surgiram postagens que ironizam sua atuação, utilizando o símbolo "ⓘ" para sugerir que comentários foram removidos por sua ordem, embora isso não seja verdade.
Essas publicações, que afirmam que comentários foram retirados por determinação de Moraes, têm circulado amplamente nas redes sociais. Um exemplo é um comentário que aparece em um post do Comprova, onde se menciona que um comentário foi removido por ordem do ministro. No entanto, a investigação do Comprova confirmou que não houve tal remoção. A ironia nas postagens não deixa claro que se trata de uma crítica satírica, o que pode confundir o público.
Contexto das Acusações
As postagens enganosas se intensificam em momentos de decisões judiciais relacionadas a plataformas digitais. A frase "Comentário removido por determinação do Ministro Alexandre de Moraes" tem sido repetida em diversas redes sociais desde 2024, especialmente após decisões que resultaram no bloqueio de contas envolvidas na disseminação de desinformação eleitoral. Essa narrativa é alimentada por setores políticos que rotulam Moraes como "ditador".
O Comprova apurou que o conteúdo enganoso é frequentemente associado a críticas à atuação do ministro, como as feitas pelo deputado republicano Cory Mills durante uma audiência na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Mills acusou Moraes de promover censura e perseguição política, alegando que suas ações afetam não apenas brasileiros, mas também cidadãos norte-americanos.
Repercussão e Impacto
A repetição de mensagens enganosas, mesmo que em tom irônico, contribui para a construção de uma narrativa distorcida sobre as ações de Moraes. O uso de símbolos que imitam alertas oficiais e a escolha de fontes que parecem autênticas aumentam a credibilidade aparente do conteúdo. A desinformação se torna mais convincente, especialmente entre grupos críticos ao STF.
A investigação do Comprova revela que o autor do comentário não pôde ser identificado, e a conta que fez a postagem é privada. Apesar disso, o conteúdo enganoso continua a ser compartilhado, sem que as plataformas tenham tomado medidas efetivas para removê-lo. O Comprova monitora e investiga conteúdos suspeitos nas redes sociais, buscando esclarecer informações sobre políticas públicas e eleições.
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