Política

Prefeito é cassado por suspeitas de ligação com o crime e compra de votos

Justiça Eleitoral cassou mandatos de André Coutinho, Camila Holanda e Márcio Silva por compra de votos e vínculos com facção criminosa.

André Coutinho (Avante) e Camila Holanda (PP), prefeito e vice-prefeita de Cabedelo, na Paraíba - Camila Holanda no Instagram (Foto: Camila Holanda)

André Coutinho (Avante) e Camila Holanda (PP), prefeito e vice-prefeita de Cabedelo, na Paraíba - Camila Holanda no Instagram (Foto: Camila Holanda)

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A Justiça Eleitoral da Paraíba cassou, nesta quarta-feira (25), os diplomas do prefeito de Cabedelo, André Coutinho (Avante), da vice-prefeita Camila Holanda (PP) e do vereador Márcio Silva (União). A decisão se baseou em evidências de compra de votos e vínculos com a facção Tropa do Amigão, associada ao Comando Vermelho.

As investigações revelaram que os acusados se beneficiaram de ações de uma servidora municipal que teria distribuído cestas básicas e prometido empregos em uma empresa terceirizada, utilizando recursos do Fundo Municipal de Saúde. A juíza Thana Michelle Carneiro Rodrigues determinou uma multa de R$ 40 mil e a inelegibilidade dos envolvidos. A decisão não implica na cassação imediata da chapa, pois a Câmara Municipal deve aguardar a manifestação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

O advogado de Coutinho e Holanda, Walter de Agra Júnior, afirmou que confia na Justiça e que apresentará os erros jurídicos da decisão na fase recursal. Embora não haja indícios diretos de participação da vice-prefeita, o Ministério Público Eleitoral considerou que ela se beneficiou do esquema. O vereador Márcio Silva também se manifestou, prometendo esclarecimentos no momento adequado.

Contexto das Investigações

A investigação começou após um vereador de Cabedelo apresentar uma notícia-crime em outubro de 2023, alegando perseguições por exonerações de servidores contratados pelo ex-prefeito Vitor Hugo Castelliano (Avante), que apoiava Coutinho. Entre os contratados, um é apontado como comandante da Tropa do Amigão, enquanto outro é suspeito de ser o gestor financeiro da facção.

Durante uma operação da Polícia Federal, foram encontrados na casa da servidora Flávia Santos Lima Monteiro celulares, cestas básicas e fichas de solicitação de emprego. Em um dos celulares, foram localizadas 42 fotografias de comprovantes de votação das eleições de 2024, além de planilhas com nomes de pessoas contratadas e seus responsáveis.

A juíza destacou que a aliança entre a facção e o poder executivo municipal comprometeu a legitimidade do mandato. Além da cassação dos diplomas, a decisão inclui a responsabilização financeira dos envolvidos, reforçando a gravidade das acusações.

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