Embaixador prevê processo longo para extradição de Zambelli na Itália

A deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) está foragida na Itália após ser condenada a 10 anos de prisão por invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça. O embaixador brasileiro na Itália, Renato Mosca, informou que a captura da parlamentar pode levar meses, uma vez que seu paradeiro é incerto.

Mosca destacou que o processo de extradição pode se estender por até um ano, seguindo os trâmites legais. Ele afirmou que, apesar da notoriedade do caso, a situação de Zambelli é semelhante à de qualquer outro foragido. "É normal que o processo se arraste por meses, pois tudo obedece a um rito da legislação", disse o embaixador.

Desde sua saída do Brasil, Zambelli foi adicionada à lista de procurados pela Interpol, mas conseguiu entrar na Itália antes de seu nome ser registrado no sistema internacional. A deputada, que possui cidadania italiana, teria alugado uma casa em Roma e, posteriormente, se deslocado para Nápoles. Mosca ressaltou que, enquanto estiver em locais que representem seu domicílio, a prisão é inviável.

Processo de Extradição

O embaixador também minimizou a possibilidade de politização do caso, afirmando que o crime cometido por Zambelli é comum e deve ser tratado apenas do ponto de vista jurídico. Ele ressaltou que a extradição de nacionais é permitida pela legislação italiana, embora a decisão final dependa do governo local.

Zambelli foi considerada a mandante de um esquema de invasão ao CNJ, executado por Walter Delgatti, que recebeu uma pena de 8 anos. O processo que pode resultar na cassação de seu mandato está em andamento na Câmara dos Deputados. A busca pela captura da parlamentar continua, com as autoridades brasileiras monitorando a situação junto às polícias italianas.