Marcelo Cupim é preso por suspeita de envolvimento na morte de filho de Piruinha

O bicheiro Marcelo Simões Mesqueu, conhecido como Marcelo Cupim, foi preso nesta segunda-feira, 30 de outubro, em uma operação do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ). A ação, que contou com o apoio da Polícia Civil e da Corregedoria da Polícia Militar, ocorreu em sua residência na Barra da Tijuca.

Cupim é suspeito de ser o mandante do homicídio de Haylton Carlos Gomes Escafura e sua namorada, a soldado da PM Franciene de Souza, assassinados em 2017. As investigações apontam que a motivação do crime foi uma disputa pelo controle de pontos de exploração de jogos de azar. Haylton, filho do contraventor José Caruzzo Escafura, o Piruinha, tentava reassumir áreas que pertenciam a seu pai, arrendadas a Cupim.

Detalhes da Operação

Durante a operação, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em endereços no Rio de Janeiro, em Cabo Frio e em Florianópolis, envolvendo outros seis investigados, incluindo dois policiais militares. A investigação do Gaeco também apura a possível participação de membros do grupo conhecido como “Escritório do Crime” nos assassinatos.

Marcelo Cupim já havia sido preso em novembro de 2023, acusado de crimes relacionados à exploração de jogos de azar. Na ocasião, ele foi capturado ao deixar sua filha na escola, e a operação resultou na apreensão de R$ 435 mil em espécie na casa de um sargento da PM, apontado como integrante da organização criminosa.

Contexto do Crime

O assassinato de Haylton e Franciene ocorreu em um motel na Barra da Tijuca, onde o casal foi executado com tiros de fuzil. As investigações revelam que Cupim, que se apresenta como jogador profissional de pôquer, controla áreas na Zona Norte do Rio, como Cascadura e Madureira, anteriormente dominadas por Piruinha.

A prisão de Cupim, que estava sob monitoramento com tornozeleira eletrônica, representa um desdobramento significativo nas operações contra o crime organizado no Rio de Janeiro. As novas evidências apresentadas pelo Ministério Público podem impactar o cenário do jogo ilegal na região.