01 de jul 2025

Testemunha chave é assassinada em caso contra ex-prefeita de Lima
José Miguel Castro é assassinado dias antes do julgamento de Susana Villarán, levantando preocupações sobre a segurança de testemunhas no Peru.

Susana Villarán e José Miguel Castro (Foto: RR SS)
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José Miguel Castro, ex-gerente municipal de Lima, foi encontrado morto em sua casa, no distrito de Miraflores, com um corte profundo no pescoço. O assassinato ocorreu no último domingo, poucos dias antes do julgamento da ex-alcaldesa Susana Villarán, a quem ele havia se tornado colaborador eficaz, fornecendo provas sobre corrupção.
Castro, que estava sob investigação por supostos vínculos com um esquema de corrupção envolvendo construtoras, foi assassinado em um momento crítico. Ele havia decidido colaborar com a justiça, entregando documentos e testemunhos sobre os 10 milhões de dólares recebidos de empresas como Odebrecht e OAS. A polícia revelou que a fechadura do banheiro onde foi encontrado foi manipulada, levantando suspeitas sobre a natureza do crime.
A morte de Castro gerou reações imediatas entre políticos peruanos. O ex-ministro de Trabalho, Juan Sheput, destacou que não é a primeira vez que uma pessoa com informações valiosas morre em circunstâncias suspeitas. Outros casos, como o de Andrea Vidal e Nilo Burga, também levantaram questões sobre a segurança de testemunhas em processos que envolvem figuras públicas.
Implicações Legais
O promotor José Domingo Pérez comentou sobre a morte de Castro, afirmando que isso não deve afetar o andamento do processo contra Villarán. Segundo ele, a legislação permite que as declarações de um colaborador eficaz sejam utilizadas como prova, mesmo após sua morte. A advogada Romy Chang corroborou essa afirmação, ressaltando que a declaração de Castro será considerada na eventual sentença.
A morte de Castro, que havia se reunido com o Equipe Especial do caso Lava Jato uma semana antes de seu assassinato, levanta questões sobre a segurança de testemunhas em casos de corrupção no Peru. A situação continua a ser monitorada pelas autoridades, enquanto o julgamento de Villarán se aproxima, programado para o dia 23 de setembro.
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