Política

Deputados pressionam Bolsonaro a desistir da candidatura à Presidência

Deputados criticam atuação do STF e questionam a política econômica do governo Lula, com queda na confiança na agenda legislativa.

Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista (São Paulo), em 29 de junho de 2025 (Foto: Miguel SCHINCARIOL/AFP)

Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista (São Paulo), em 29 de junho de 2025 (Foto: Miguel SCHINCARIOL/AFP)

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Uma pesquisa da Genial/Quaest revela que 49% dos deputados federais acreditam que o Supremo Tribunal Federal (STF) invade as competências do Congresso. Apenas 5% afirmam que isso nunca ocorre. O levantamento foi divulgado um dia após o governo Lula acionar a Corte para reverter a derrubada do decreto que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A oposição considera essa ação uma intervenção indevida em assuntos legislativos.

A avaliação negativa do STF entre os parlamentares cresceu, com 48% considerando sua atuação negativa, um aumento de oito pontos percentuais em relação a maio do ano passado. A avaliação positiva caiu de 34% para 27%. A relação entre os poderes é vista como negativa por 51% dos deputados, um aumento de dez pontos percentuais desde agosto de 2023. Apenas 18% classificam essa relação como positiva.

A pesquisa também mostra que 69% dos deputados acreditam que o governo Lula não dá a devida atenção ao Legislativo. A confiança na agenda legislativa do governo caiu de 56% para 36%. Além disso, 64% dos parlamentares discordam da política econômica do governo, considerando que as medidas estão levando o país na direção errada, um aumento de nove pontos percentuais desde maio.

A avaliação do governo Lula é negativa para 46% dos deputados, a pior desde o início do mandato em 2023. Apenas 27% avaliam a gestão de forma positiva. Em relação às eleições de 2026, 68% acreditam que Lula disputará a reeleição, mas apenas 35% o consideram favorito. Para 50%, o vencedor será um candidato da oposição, com Tarcísio de Freitas sendo o mais citado.

A pesquisa foi realizada com 203 dos 513 deputados federais entre 7 de maio e 30 de junho, com margem de erro de 4,5 pontos percentuais.

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