02 de jul 2025


Muçulmanos invadem retiro cristão e causam danos em propriedade na Indonésia
Cerca de 200 muçulmanos atacaram retiro de jovens cristãos em Sukabumi, gerando danos e expulsões, sob alegações de falta de licença.

Foto: Reprodução
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Cerca de 200 muçulmanos atacaram um retiro de jovens cristãos em Sukabumi, Indonésia, na sexta-feira, 27 de junho. O incidente ocorreu na vila de Tangkil, onde a multidão danificou propriedades e expulsou os participantes, alegando que a casa não tinha permissão para ser usada como local de culto.
Os ataques começaram após as orações da mesquita, com os manifestantes gritando por destruição da casa. Janelas, banheiros e um jardim foram danificados, e uma motocicleta foi lançada em um rio. Vídeos nas redes sociais mostram um homem escalando um muro para remover uma cruz de madeira, que foi usada para quebrar uma janela. A polícia evacuou 36 jovens e três veículos para evitar violência.
Os moradores justificaram o ataque afirmando que a realização de cultos em um imóvel sem licença poderia comprometer a ordem pública. Um residente declarou que a preocupação não era intolerância, mas sim a perturbação da paz em uma comunidade predominantemente muçulmana. "Por que não ir a um local de culto oficial?", questionou um morador.
Reação das Autoridades
O ataque foi precedido por uma visita de autoridades locais à residência, onde questionaram o uso do imóvel para cultos. O chefe da Agência de Unidade Nacional e Política da Regência de Sukabumi, Tri Romadhono, afirmou que a ação foi uma reação espontânea dos moradores. Ele destacou que a casa não era um local oficial de culto.
O ativista de direitos humanos, Permadi Arya, contestou essa visão, afirmando que apenas a construção de uma igreja requer licença. Ele defendeu que cultos em residências não necessitam de autorização, conforme o Decreto Conjunto dos Dois Ministros.
Tensão Religiosa
O chefe do bairro, Hendra, mencionou que a casa já havia sido usada para cultos em três ocasiões, atraindo muitos veículos. Ele e outros moradores tentaram alertar os organizadores, mas as atividades continuaram. As autoridades locais informaram que um acordo foi alcançado, no qual a igreja decidiu não processar os responsáveis pelo ataque.
O comunicado ressaltou que o local deve ser utilizado exclusivamente como residência e não para cultos. O ativista Permadi descreveu o incidente como um reflexo da intolerância religiosa e da "fobia cristã" na região, apontando que o governo ignora a situação dos cristãos.
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