Advogados denunciam tortura e maus-tratos em mega prisão de El Salvador

Kilmar Abrego Garcia, um imigrante salvadorenho, enfrenta uma situação crítica após ser deportado injustamente para El Salvador em março de 2023. Seus advogados alegam que ele sofreu tortura e maus-tratos em uma prisão de segurança máxima, o Centro de Confinamento para Terroristas (CECOT). O caso, que já gerou controvérsias sobre as práticas de imigração da administração Trump, agora inclui novas alegações sobre as condições desumanas enfrentadas por Abrego Garcia.

Recentemente, os advogados de Abrego Garcia solicitaram a inclusão de detalhes sobre os abusos que ele sofreu na prisão em um processo civil em Maryland. Os documentos revelam que, ao chegar ao CECOT, ele foi submetido a agressões físicas, privação de sono e alimentação inadequada, resultando em uma perda de peso de cerca de 14 quilos nas primeiras duas semanas. Os relatos indicam que ele e outros detentos foram forçados a se ajoelhar por longos períodos e agredidos por guardas.

As condições no CECOT são alarmantes, com celas superlotadas e sem acesso a banheiros adequados. Os advogados afirmam que Abrego Garcia foi agredido ao chegar e que as luzes permaneciam acesas 24 horas por dia, criando um ambiente opressivo. Além disso, houve uma tentativa de encobrir as condições reais, com detentos sendo transferidos temporariamente para áreas com melhores condições para fotos.

O Departamento de Segurança Nacional dos EUA, por sua vez, desqualificou as alegações dos advogados, chamando-as de "histórias tristes". A administração Trump, que reconheceu o erro na deportação de Abrego Garcia, agora enfrenta críticas por sua abordagem agressiva em relação à imigração. O caso se tornou um símbolo das falhas do sistema de imigração e dos direitos dos imigrantes nos Estados Unidos.

Atualmente, Abrego Garcia permanece sob custódia federal no Tennessee, enfrentando novas acusações de contrabando humano. Seus advogados pedem que o tribunal considere as alegações de tortura e as condições de sua detenção, argumentando que isso é essencial para garantir justiça e reparação.