Gustavo Petro é acusado de traição à pátria por seu advogado e ex-ministro Leyva

Gustavo Petro, presidente da Colômbia, está enfrentando uma crise política após acusações de conspiração contra seu ex-canceller, Álvaro Leyva. Gravações reveladas indicam que Leyva teria planejado um golpe para derrubar Petro em 20 dias. O advogado do presidente, Alejandro Carranza, afirmou que há material suficiente para uma denúncia formal por sedição.

As gravações mostram Leyva, de 82 anos, articulando um plano para desestabilizar o governo. Segundo o jurista Luigi Ferrajoli, essa ação configura uma conspiração blanda com fins sediciosos, que visa deslegitimar o presidente e minar a confiança pública. Leyva também teria instigado a delinquir ao buscar apoio de grupos armados, como o ELN e o Clan do Golfo.

A situação se complica com as reuniões de Leyva com o congressista americano Mario Díaz-Balart, onde ele teria discutido suas intenções. As mensagens nas redes sociais de Leyva, que incluem convites para "salvar a Colômbia", levantam suspeitas sobre suas verdadeiras intenções. O ex-canceller é acusado de traição à pátria e de buscar apoio internacional para pressionar o governo colombiano.

O presidente Petro não pretende buscar uma condenação severa, considerando a idade de Leyva e a duração de processos judiciais. O próximo passo envolve a designação de um promotor pela fiscalia para investigar as evidências apresentadas. A situação é tensa e pode ter desdobramentos significativos para a política colombiana, com a necessidade de esclarecer as relações de Leyva com figuras controversas e suas propostas de alianças.