04 de jul 2025

China impõe penas de prisão a líderes da Igreja Linfen Covenant Home
Três líderes da Igreja Linfen Covenant Home foram condenados a penas de prisão após julgamento secreto, intensificando a repressão religiosa na China.

Foto: Reprodução
Ouvir a notícia:
China impõe penas de prisão a líderes da Igreja Linfen Covenant Home
Ouvir a notícia
China impõe penas de prisão a líderes da Igreja Linfen Covenant Home - China impõe penas de prisão a líderes da Igreja Linfen Covenant Home
Três líderes da Igreja Linfen Covenant Home, localizada na província de Shanxi, na China, foram condenados a penas de prisão por acusações de fraude. O pastor Li Jie e o ancião Han Xiaodong receberam três anos e oito meses cada, enquanto o ancião Wang Qiang foi sentenciado a um ano e 11 meses. O veredito foi proferido em um julgamento a portas fechadas, realizado em 20 de junho.
As condenações surgem após um período de vigilância intensa e repressão, que começou com a detenção de Li e Han durante um retiro da igreja em agosto de 2022. Wang foi preso em novembro de 2022. Segundo a organização de vigilância Christian Solidarity Worldwide (CSW), os líderes foram inicialmente acusados de formar uma "panelinha criminosa" e arrecadar "renda ilegal". O julgamento, que teve início em maio de 2023, foi marcado por restrições severas, incluindo a proibição de familiares de assistirem ao tribunal.
A CSW relatou que, no dia do julgamento, a esposa, a mãe e os filhos de Li Jie foram impedidos de entrar no tribunal e removidos à força. Os advogados de defesa foram informados de que as penas não ultrapassariam três anos se aceitassem as exigências de segurança do tribunal, mas as sentenças foram mais severas. Wang, após ser libertado da "Vigilância Residencial em Local Designado", teve sua pena considerada cumprida em setembro de 2024.
Reação da Igreja
A igreja se manifestou contra o veredito, afirmando que a Linfen Covenant Home é uma igreja doméstica não registrada que opera dentro de seus direitos constitucionais. Em uma declaração, a igreja sustentou que as ofertas são baseadas em ensinamentos bíblicos e não em fraude. A CSW criticou as sentenças, destacando a manipulação do sistema judicial na China e a falta de transparência nos processos.
Além disso, a repressão a igrejas não registradas tem se intensificado, com novas restrições que proíbem missionários estrangeiros de operar no país. A Portas Abertas, organização que monitora a perseguição religiosa, afirmou que esses casos refletem uma estratégia do governo chinês para controlar a atividade cristã. A Constituição chinesa garante liberdade religiosa, mas limita as práticas a "atividades religiosas normais", sem definição clara do que isso implica.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.