Política

Endurecimento das penas é avanço significativo na justiça penal brasileira

Câmara aprova projeto que exige cumprimento de 80% da pena em regime fechado para crimes hediondos, visando aumentar a segurança pública.

Detentos em penitenciária do Distrito Federal (Foto: Daniel Marenco/Agência O Globo)

Detentos em penitenciária do Distrito Federal (Foto: Daniel Marenco/Agência O Globo)

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A Câmara dos Deputados aprovou um Projeto de Lei que endurece as regras de progressão de pena para condenados por crimes hediondos e chefes de organizações criminosas. O texto, que ainda precisa passar pelo Senado, determina que condenados por homicídio qualificado, latrocínio, extorsão mediante sequestro, feminicídio, exploração sexual de crianças e estupro devem cumprir pelo menos 80% da pena em regime fechado.

Atualmente, a legislação brasileira permite a progressão de pena para presos em regime fechado, que podem ser transferidos para o semiaberto com base no bom comportamento. Essa progressão varia, exigindo que o condenado cumpra de um sexto a 70% da pena. A proposta foi aprovada com uma ampla maioria, 334 votos a 65, refletindo uma preocupação crescente com a segurança pública.

O projeto visa corrigir distorções na legislação que permitiram que criminosos perigosos se beneficiassem de brechas legais para obter liberdade antecipada. Embora a progressão de pena tenha como objetivo a ressocialização do preso, muitos condenados por crimes graves têm conseguido sair da prisão rapidamente, voltando a cometer delitos.

Desafios do Sistema Penal

O sistema penal brasileiro enfrenta desafios significativos, com presídios superlotados e uma crescente população carcerária. A entrada de novos presos frequentemente supera a capacidade das instituições, e muitos detentos são usuários de drogas que não deveriam estar encarcerados. O projeto aprovado foca em crimes graves, mas não resolve a complexidade da violência no país.

Além disso, o governo federal apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para combater facções criminosas e milícias. No entanto, a deterioração das relações com o Parlamento pode dificultar o avanço dessas medidas. A insegurança continua sendo uma das principais preocupações da população, e ações em diversas frentes são necessárias para enfrentar o problema da violência.

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