Fundadores de tecnologia pedem que Sequoia Capital condene comentários de Shaun Maguire

Cerca de 600 pessoas assinaram uma carta aberta aos líderes da Sequoia Capital, após comentários polêmicos de Shaun Maguire, um de seus parceiros, sobre Zohran Mamdani, candidato muçulmano à prefeitura de Nova York. Maguire, conhecido por seu apoio a Donald Trump, fez uma postagem no X, onde descreveu Mamdani como alguém que "vem de uma cultura que mente sobre tudo" e que busca promover "sua agenda islâmica". A publicação alcançou 5,3 milhões de visualizações até a tarde de segunda-feira.

Os signatários da carta exigem que a Sequoia condene os comentários de Maguire e se desculpe com Mamdani e fundadores muçulmanos. Além disso, solicitam uma investigação independente sobre o comportamento de Maguire nos últimos dois anos e a implementação de uma política de tolerância zero contra discurso de ódio e bigotismo religioso. O grupo estipulou um prazo até 14 de julho para uma resposta pública, ameaçando ações mais amplas caso não haja retorno.

A Sequoia não comentou sobre o assunto, e Maguire não respondeu a pedidos de declaração, mas afirmou em uma postagem que tentativas de silenciá-lo apenas o fortalecerão. Entre os signatários estão líderes de startups conhecidas, como Mudassir Sheikha, CEO da Careem, e Amr Awadallah, CEO da Vectara.

A Sequoia Capital, que já teve um histórico de envolvimento político, possui parceiros com visões divergentes. Doug Leone, ex-líder da firma, é um doador republicano de longa data, enquanto Mike Moritz, seu predecessor, é um megadonor democrata que criticou Trump. O atual parceiro principal, Roelof Botha, adota uma postura neutra, afirmando que a Sequoia não toma uma posição política como parceria.