07 de jul 2025
Mestiçagem no Brasil: uma identidade que merece ser celebrada e discutida
Estudo da USP revela maior contribuição indígena nos genomas brasileiros e provoca debates sobre a mestiçagem e suas implicações sociais.

Foto: Reprodução
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A Universidade de São Paulo (USP) divulgou um estudo que recalcula a influência dos povos indígenas nos genomas brasileiros, liderado pela professora Kelly Nunes. Publicado na revista Science, o trabalho analisou uma amostra de 2.723 brasileiros e revelou que a contribuição indígena é maior do que estimativas anteriores.
O estudo reafirma que a população brasileira é resultado da mestiçagem entre ancestrais europeus, africanos e indígenas. Apesar de suas conclusões já serem conhecidas, a pesquisa reacendeu debates sobre a mestiçagem e suas implicações políticas. A antropóloga Lilia Schwarcz provocou discussões ao afirmar que a mestiçagem é um reflexo de um passado de violência, referindo-se ao estupro como um fator central.
Em resposta, o antropólogo Antonio Risário defendeu que a mestiçagem no Brasil é um processo popular e de massas, não apenas uma consequência de violência. O professor Wilson Gomes também se manifestou, ressaltando a complexidade da identidade mestiça no Brasil. O debate, portanto, transcende a biologia e a genética, envolvendo questões sociais e políticas.
A pesquisa destaca que, embora a mestiçagem seja uma realidade biológica, seu significado político é o que realmente gera controvérsias. A discussão sobre a identidade mestiça brasileira continua a ser um tema relevante, refletindo a diversidade e a complexidade da formação social do país.
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