Igreja Católica permite padres casados em ritos orientais e abre novas possibilidades no Brasil

A Igreja Católica Romana mantém a proibição do casamento para padres, permitindo apenas que diáconos permanentes casados sejam ordenados, desde que cumpram requisitos específicos. O celibato, uma prática histórica, foi estabelecido no Concílio de Latrão em mil cento e vinte e três.

Em 2014, o papa Francisco autorizou a ordenação de padres casados nas Igrejas Católicas de rito oriental no Ocidente. Em fevereiro de 2021, Vítor Pimentel Pereira se tornou o primeiro padre casado ordenado no Brasil sob essa nova diretriz, pertencendo à Igreja Greco-Católica Melquita.

Regras do Celibato

Na Igreja Católica Romana, apenas diáconos permanentes podem ser casados, desde que sejam ordenados mais de cinco anos após o casamento e que a esposa autorize a ordenação. Se um diácono permanente ficar viúvo, não pode se casar novamente. A Bíblia não proíbe o casamento, mas sugere que líderes religiosos devem se dedicar ao serviço de Deus.

Além da Igreja Católica Romana, existem vinte e três denominações de Igrejas Católicas com ritos orientais, onde a maioria permite que padres sejam casados. As exceções são as Igrejas Siro-Malabar e Siro-Malancar, ambas da Índia. Nessas comunidades, a regra é semelhante: homens casados podem ser ordenados, mas não podem se casar após a ordenação.

Mudanças Recentes

A decisão de papa Francisco em permitir padres casados nas Igrejas de rito oriental no Ocidente representa uma mudança significativa. A ordenação de Vítor Pimentel Pereira marca um passo importante para a inclusão de padres casados na Igreja no Brasil, refletindo uma adaptação às realidades contemporâneas.

Os diáconos permanentes, que podem ser casados, desempenham um papel essencial na Igreja, mas a ordenação de padres casados ainda é uma questão debatida. A posição da Igreja sobre o celibato e o casamento continua a ser um tema relevante entre os fiéis e líderes religiosos.