08 de jul 2025
NT Wright defende uso de pronomes masculinos para Deus diante de novas perspectivas
NT Wright defende a manutenção da linguagem bíblica sobre Deus, ressaltando a importância de respeitar tradições teológicas em meio ao debate de gênero.

Foto: Reprodução
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O teólogo NT Wright abordou a complexidade do uso de pronomes masculinos para se referir a Deus em um recente episódio do podcast “Ask NT Wright Anything”. Ele destacou que, apesar de Deus transcender o gênero, a linguagem bíblica, que inclui termos como “Pai”, permanece teologicamente válida.
Wright respondeu a uma pergunta de um ouvinte de Minneapolis, que expressou preocupação sobre a tensão entre a linguagem masculina e a compreensão de Deus como além das categorias humanas. O teólogo enfatizou que a revelação cristã apresenta Deus como Pai, Filho e Espírito Santo, uma tradição que deve ser respeitada. Jesus, que se identificou como masculino, referiu-se a Deus como Pai, o que, segundo Wright, não deve ser ignorado.
Ele também reconheceu críticas de teólogas feministas, como Mary Daly, que questionaram a predominância da linguagem masculina em contextos de dominação. Wright argumentou que, em vez de descartar essas referências, é necessário redefini-las à luz das Escrituras. “Deus é um ser de compaixão e misericórdia”, afirmou, ressaltando que a imagem de Deus como Pai não deve ser associada a um deus autoritário.
Linguagem e Gênero
Wright observou que a linguagem sobre o Espírito Santo varia entre diferentes idiomas, refletindo a complexidade do gênero. Em algumas línguas, a palavra para Espírito é feminina, enquanto em outras é neutra ou masculina. Ele citou Romanos 8, onde o Espírito é descrito de forma que evoca imagens femininas, sugerindo que Deus abrange todas as dimensões de gênero.
O teólogo expressou preocupação com a substituição deliberada da linguagem trinitária em práticas religiosas. Ele mencionou um caso em que uma paróquia católica na Austrália começou a batizar usando termos neutros. Wright defendeu a importância de manter a precisão teológica, afirmando que “não podemos simplesmente brincar e inventar coisas” ao falar sobre Deus.
Em sua análise, Wright concluiu que, embora Deus transcenda o gênero, as referências masculinas enraizadas nas Escrituras devem ser mantidas, desde que compreendidas corretamente. Ele citou uma pesquisa que revelou que 39% dos americanos acreditam que Deus é masculino, enquanto 31% consideram que Deus não é nem masculino nem feminino. O debate sobre o gênero de Deus continua a ser relevante, especialmente em um contexto cultural em transformação.
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