Política

Biden reconhece genocídio armênio e intensifica tensões com a Turquia

Joe Biden reconhece oficialmente o genocídio armênio, marcando um ponto crucial nas tensões entre a Turquia e a comunidade internacional.

Dezenas de pessoas depositam flores no memorial às vítimas armênias mortas pelos soldados otomanos há um século (Foto: Sergei Grits/AP)

Dezenas de pessoas depositam flores no memorial às vítimas armênias mortas pelos soldados otomanos há um século (Foto: Sergei Grits/AP)

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reconheceu oficialmente o genocídio armênio, ocorrido entre 1915 e 1917, marcando a primeira vez que um presidente americano utiliza esse termo. A declaração foi feita em um contexto de tensões históricas entre a Turquia e a comunidade internacional.

O reconhecimento do genocídio armênio é um tema controverso. A Turquia, sucessora do Império Otomano, admite os massacres, mas rejeita o uso do termo "genocídio". Estima-se que 1,5 milhão de armênios tenham sido mortos durante a Primeira Guerra Mundial, quando o Império Otomano, aliado da Alemanha e da Áustria-Hungria, perseguiu a população armênia.

Em dezembro de 2019, o Congresso dos EUA já havia reconhecido o genocídio em uma votação simbólica. No entanto, os presidentes anteriores, incluindo Donald Trump, evitaram usar o termo. Biden, ao reconhecer os assassinatos e deportações sistemáticas, busca abordar uma questão que gera divisões profundas.

Contexto Histórico

Os confrontos entre armênios e turcos remontam ao final do século XIX, com massacres ocorrendo em 1895-1896. Durante a Primeira Guerra Mundial, as autoridades otomanas consideraram os armênios como "inimigos internos", levando a prisões em massa e deportações forçadas. Em 24 de abril de 1915, milhares de armênios foram detidos, e uma lei autorizou deportações "por motivos de segurança interna".

Os armênios foram forçados a deixar suas terras, enfrentando condições brutais durante as marchas para o deserto da Mesopotâmia. Muitos morreram devido a violência, fome e doenças. Em 2000, um grupo de 126 pesquisadores, incluindo o ganhador do Prêmio Nobel Elie Wiesel, declarou que o genocídio armênio é um "fato histórico indiscutível".

Reconhecimento Internacional

O reconhecimento do genocídio armênio tem ganhado força ao longo dos anos. Cerca de 30 países já aprovaram resoluções ou leis reconhecendo o genocídio, incluindo França, Alemanha, Canadá e Uruguai. O Parlamento Europeu também reconheceu o genocídio em 1987. Em 2020, o Parlamento sírio fez o mesmo, em meio a tensões entre Damasco e Ancara.

A negação do genocídio não é criminalizada em muitos países, mas a discussão continua a ser um ponto sensível nas relações internacionais, especialmente entre a Turquia e as nações que reconhecem os eventos de 1915 como genocídio.

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