Cardeal Robert Prevost é eleito papa Leão XIV e faz história como o primeiro americano na Cátedra de São Pedro

O cardeal Robert Francis Prevost foi eleito papa e adotou o nome Leão XIV. A escolha ocorreu durante o conclave com a participação de 133 cardeais, após a internação do papa Francisco. O anúncio foi feito cerca de uma hora após a fumaça branca aparecer na chaminé da Capela Sistina.

Prevost, de 69 anos, é o primeiro papa norte-americano e expressou seu desejo de continuar o trabalho de Francisco. Ele também se comprometeu a enfrentar as acusações de acobertamento de abusos sexuais que surgiram durante sua trajetória no Peru. O novo papa foi escolhido por 89 cardeais, ou seja, dois terços dos votos necessários.

Durante seu discurso na Praça de São Pedro, Prevost homenageou Francisco e agradeceu ao seu episcopado em Chiclayo, no Peru. Ele se juntou à ordem dos agostinianos em 1985 e foi ordenado padre em 1982. Com uma sólida formação em teologia e direito canônico, Prevost é visto como um reformista alinhado à linha de abertura da Igreja.

Trajetória e Desafios

Antes de se tornar papa, Prevost ocupava funções importantes no Vaticano, como prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina. Sua atuação no Peru foi marcada por desafios, incluindo a resposta a acusações de acobertamento de abusos. A diocese peruana nega as alegações e afirma que ele seguiu os trâmites exigidos pela Igreja.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou a escolha de Prevost, expressando sua emoção e honra pelo fato de ele ser o primeiro papa americano. A fumaça branca que anunciou a nova liderança da Igreja saiu da Capela Sistina às 13h07 (horário de Brasília), após quatro rodadas de votação.

Prevost, que também possui cidadania peruana, destacou a importância do povo peruano em sua primeira bênção. Com uma trajetória marcada por uma abordagem pastoral e uma perspectiva global, ele é considerado um moderado construtor de pontes dentro da Igreja Católica.