Mark Carney assume como primeiro-ministro do Canadá e apresenta novo gabinete econômico

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, tomou posse nesta terça-feira, 13 de maio de 2025, em Ottawa, e apresentou um novo gabinete com foco na economia. Carney, que já havia assumido interinamente após a renúncia de Justin Trudeau, destacou a necessidade de redefinir a relação econômica com os Estados Unidos.

O novo gabinete é composto por 28 ministros e mantém a paridade entre homens e mulheres. Entre os principais nomes, François-Philippe Champagne permanece como ministro das Finanças, enquanto Anita Anand assume o Ministério das Relações Exteriores, substituindo Mélanie Joly, que agora lidera o Ministério da Indústria. Carney enfatizou que os canadenses deram ao novo governo um mandato claro para construir uma economia mais forte e segura.

Relação com os EUA

Durante a campanha, Carney abordou a guerra comercial com os EUA, prometendo eliminar barreiras comerciais internas e trabalhar para um novo entendimento econômico. Ele se reuniu com o presidente Donald Trump na semana passada, onde reiterou que "Canadá não está à venda", em resposta a ameaças de anexação. O primeiro-ministro afirmou que seu governo lutará contra tarifas injustas impostas pelos EUA.

O novo gabinete também inclui Dominic LeBlanc, responsável pelo comércio Canadá-EUA, e Chrystia Freeland, que continua como ministra dos Transportes. Carney anunciou que o governo buscará cortar impostos e eliminar barreiras comerciais entre as províncias até 1º de julho.

Desafios e Expectativas

A eleição de Carney resultou em uma vitória apertada, com os liberais obtendo 43,8% dos votos e conquistando 170 das 343 cadeiras disponíveis. O governo precisará do apoio de outros partidos para garantir a continuidade de suas propostas. O próximo discurso do trono, onde serão apresentadas as prioridades do governo, ocorrerá em 27 de maio e será lido pelo rei Carlos III.

O novo primeiro-ministro se comprometeu a agir rapidamente para atender às expectativas dos canadenses, destacando a urgência de reformas e a construção de uma economia mais resiliente frente aos desafios impostos pela relação com os Estados Unidos.