20 de mai 2025
China amplia influência na América Latina com investimentos e isenção de vistos
China se destaca na América Latina com linha de crédito de US$ 9,1 bilhões e isenções de visto, em contraste com a política isolacionista de Trump.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de boas-vindas no Grande Palácio do Povo, em Pequim, cumprimentando o líder chinês, Xi Jinping (Foto: Ricardo Stuckert /Presidência da República) Xi Jinping e Lula: América Latina considera as oportunidades econômicas oferecidas pela China e pelos Estados Unidos. (Foto: Ton Molina/Bloomberg)
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O presidente da China, Xi Jinping, anunciou uma linha de crédito de US$ 9,1 bilhões, isenções de visto e investimentos em infraestrutura para países da América Latina. O anúncio ocorreu durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Pequim, no dia 13 de maio. Xi posicionou a China como um defensor do livre-comércio, contrastando com as políticas protecionistas do governo de Donald Trump.
Durante seu discurso, Xi afirmou: “Não há vencedores em guerras tarifárias ou comerciais”, referindo-se às tarifas e restrições impostas por Trump. O novo empréstimo visa aumentar os investimentos de empresas chinesas na região. Além disso, a partir de 1.º de junho, turistas do Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai poderão visitar a China sem visto por até 30 dias. Essa política pode ser estendida a outros países latino-americanos.
Relações Estratégicas
O porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Lin Jian, previu uma “década de ouro” nas relações entre a China e a América Latina. A China também convidará 300 políticos da região para visitas anuais, promovendo o modelo chinês de governança. Essa abordagem contrasta com a imagem negativa que Trump projeta sobre a América Latina, focando em crimes e imigração ilegal.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a importância do comércio justo e concordou com Xi ao afirmar que “guerras comerciais não têm vencedores”. Apesar do crescimento econômico da China estar desacelerando, a nova linha de crédito reforça sua posição como um parceiro confiável em comparação com os Estados Unidos.
Oportunidades e Desafios
Analistas apontam que a estratégia da China pode ser vista como uma tentativa de promover a autocracia como modelo de desenvolvimento. Enquanto isso, a administração Trump não apresenta uma agenda positiva para a América Latina, o que pode levar os países a buscarem alternativas. A relação entre a China e a América Latina se fortalece, enquanto os Estados Unidos enfrentam desafios para manter sua influência na região.
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