22 de mai 2025
Aumentam ataques a cristãos em Bangladesh após saída da primeira-ministra Sheikh Hasina
A crescente perseguição a cristãos em Bangladesh gera preocupação, com mais de 100 famílias ameaçadas e ataques em ascensão.
Foto: Reprodução
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Desde a saída da primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, em agosto do ano passado, a situação dos cristãos no país se deteriorou. Relatos indicam que ataques a cristãos aumentaram, com trinta e seis casos de vandalismo e mais de cem famílias sendo pressionadas a renunciar à fé. A instabilidade política pode intensificar essa perseguição até as eleições de 2025-2026.
Os ataques têm como alvo principalmente os cristãos de origem islâmica e aqueles descendentes de tribos locais. Muitos não denunciam os abusos por medo de represálias, e as estatísticas podem ser subestimadas. A falta de proteção legal e a impunidade dos agressores agravam a situação. Rajon, um parceiro da Portas Abertas em Bangladesh, afirma que “a falta de justiça e responsabilização dos agressores só piora a situação”.
Contexto Político
Membros de minorias religiosas, como os cristãos, são frequentemente acusados de apoiar o partido da Liga Awami e se tornam alvos após a queda do partido. Mudanças políticas costumam resultar em ataques e confisco de propriedades. Rajon observa que líderes muçulmanos frequentemente rotulam os cristãos como inimigos, promovendo um governo islâmico.
As eleições, previstas entre dezembro de 2025 e junho de 2026, podem impactar significativamente a vida dos cristãos. Se partidos islâmicos assumirem o poder, a perseguição pode aumentar, enquanto a eleição de políticos favoráveis à liberdade religiosa poderia trazer mudanças positivas. Atualmente, a Constituição de Bangladesh é laica e garante a liberdade religiosa, mas a realidade é diferente.
Rajon pede orações pela segurança dos cristãos perseguidos e expressa o desejo de que a violência contra a igreja cesse. Ele também se opõe a mudanças na Constituição que possam prejudicar os direitos das minorias religiosas.
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