02 de jun 2025
Governo colombiano avança em negociações de paz com grupos armados em Nariño
A paz total de Gustavo Petro enfrenta desafios, mas acordos em Nariño trazem esperanças com desmobilização de grupos armados.
Motoristas transitam pelas ruas da vereda de Zabaleta, em Nariño, Colômbia, neste 25 de maio. (Foto: Mariano Vimos)
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O governo colombiano, sob a liderança do presidente Gustavo Petro, continua a buscar a paz total no país, apesar dos desafios enfrentados. Recentemente, foram firmados acordos significativos com grupos armados em Nariño, incluindo a entrega de armas pelos Comuneros del Sur e a criação de zonas temporárias para desmobilização.
Os acordos, que ocorrem em um contexto de negociações simultâneas, visam a desmobilização de combatentes e a reintegração à vida civil. Em Tumaco, durante o quinto ciclo de negociações, o governo estabeleceu uma Zona para a Capacitação Integral e Ubicação Temporária em Roberto Payán, além de outra em Putumayo. Essas zonas reunirão cerca de 120 combatentes dispostos a entregar suas armas.
Além disso, os Comuneros del Sur se tornaram o primeiro grupo a entregar armamento ao governo, com a destruição de 585 artefatos explosivos em abril. O presidente Petro participou do evento em Pasto, capital de Nariño, destacando a importância desses passos para a paz. Os acordos também incluem compromissos em favor das vítimas e a substituição de 5.000 hectares de cultivos ilícitos.
Desafios e Obstáculos
Entretanto, a sombra da extradição continua a ser um obstáculo. A detenção de Andrés Rojas, conhecido como Araña, por um pedido dos Estados Unidos, gerou tensões nas negociações. O governo decidiu suspender a extradição de Gabriel Yepes Mejía, conhecido como HH, enquanto ele contribuir para o processo de paz.
O governador de Nariño, Luis Alfonso Escobar, enfatiza que o diálogo deve ser adaptado à realidade atual, onde as estruturas armadas são mais regionais e competem entre si por recursos do narcotráfico. A estratégia do governo inclui a transformação de economias ilícitas em lícitas, com investimentos em áreas como saúde e infraestrutura.
Os resultados das negociações já são visíveis, com uma redução de 83% nos assassinatos relacionados ao conflito em 2024. O governador acredita que há espaço para dialogar com outras dissidências e avançar em um cessar-fogo multilateral, visando a estabilidade na região.
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