Igreja da América Latina enfrenta desafio de engajamento missionário na era pós-missionária
Igrejas latino americanas enfrentam uma queda no envolvimento missionário, alerta David Ruiz, apesar do aumento no envio de missionários.
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O missiólogo David Ruiz alertou que a Igreja latino-americana entrou em uma era “pós-missionária”. Durante o congresso do COMIBAM (Cooperación Misionera Iberoamericana), realizado na semana passada, ele destacou a diminuição do envolvimento das igrejas locais em missões, apesar do aumento no número de missionários enviados.
Ruiz, que começou a estruturar o trabalho missionário na América Latina nos anos 1980, lembrou que sua igreja na Guatemala, sob a liderança do teólogo William Taylor, iniciou o envio de missionários em um contexto com pouca infraestrutura. “Nossa igreja teve uma mudança de entendimento. Começamos a pensar seriamente em alcançar os não alcançados”, afirmou em entrevista ao Christian Daily.
O missiólogo observou que, enquanto as igrejas, agências missionárias e centros de treinamento eram os principais atores no passado, hoje há uma diversidade de iniciativas, como tradução da Bíblia e ministérios entre os pobres. “É emocionante ver essa expansão”, comentou. Ele também ressaltou o aumento de líderes latinos em organizações missionárias internacionais, indicando que a região não apenas envia missionários, mas também forma líderes globais.
Preocupações com o Futuro
Apesar do crescimento da Igreja na América Latina, Ruiz expressou preocupação com a diminuição do engajamento missionário das igrejas locais. “Embora o número de missionários enviados esteja aumentando, estamos vendo uma queda no número de igrejas ativamente envolvidas em missões”, disse. Ele destacou que algumas igrejas que antes lideravam o movimento missionário não estão mais enviando obreiros.
Ruiz enfatizou a importância de discutir as razões por trás desse recuo. “Precisamos perguntar por que as igrejas estão recuando. É fadiga? Desilusão? Falta de base teológica?” Ele defendeu que as igrejas devem voltar a ser agentes centrais no trabalho missionário, pois “a igreja deve estar no centro das missões. Foi assim que Deus projetou.”
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