Saúde

Risco de voar de balão é maior do que o de viajar de avião, revela estudo

Acidentes recentes com balões de ar quente no Brasil resultam em nove mortes e intensificam urgência por regulamentação da atividade.

Voo de balão em Cambará do Sul (RS) (Foto: Roni Bitencourt)

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Dois acidentes com balões de ar quente em uma semana resultaram em nove mortes e levantaram preocupações sobre a segurança da prática no Brasil. O primeiro incidente ocorreu no dia 15 de outubro em São Paulo, onde uma mulher perdeu a vida. O segundo, em 21 de outubro, em Santa Catarina, deixou oito vítimas fatais.

A atividade de balonismo tem crescido no Brasil, atraindo turistas e representando cerca de 20% da demanda de viajantes internacionais, conforme dados do Ministério do Turismo. No entanto, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) classifica a prática como de alto risco, alertando que não existem equipamentos certificados no país. A Anac enfatiza que a atividade ocorre "por conta e risco dos envolvidos", sem garantias de segurança.

Regulamentação em Debate

Em resposta aos acidentes, o governo brasileiro está buscando regulamentar o balonismo. A discussão sobre normas para a prática foi iniciada em Santa Catarina, apenas duas semanas antes do trágico acidente. Dados sobre ocorrências de balonismo no Brasil são escassos. O Painel Sipaer, que reúne informações sobre aviação civil, possui apenas dois registros de acidentes com balões, um em 2017 e outro em 2023.

Um levantamento da Flight Safety Foundation aponta que o Brasil registrou 15 mortes em incidentes de balão, sendo a ocorrência em Santa Catarina a quinta mais mortal do mundo. Globalmente, foram contabilizados 1.377 acidentes de balonismo, com 415 fatalidades. No Brasil, oito acidentes documentados resultaram em cinco mortes, com o último caso em Praia Grande, SC, sendo o mais letal até agora.

Comparações Internacionais

Em comparação, a Turquia implementou regulamentações rigorosas para o balonismo, especialmente na região da Capadócia, onde a atividade é popular. Entre 2013 e 2017, foram registrados 12 acidentes com balões na Capadócia, resultando em três mortes. A análise de dados indica que, embora o balonismo apresente riscos, a taxa de mortalidade é inferior a outras modalidades aéreas, como dirigíveis.

Estudos nos Estados Unidos também revelam que a maioria dos acidentes de balonismo está relacionada a erros do piloto, destacando a necessidade de medidas de segurança mais rigorosas. A situação atual no Brasil, com a falta de regulamentação e dados, levanta questões sobre a segurança dos voos de balão e a proteção dos passageiros.

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