Transplante capilar: solução eficaz ou apenas uma tendência estética?

A calvície, ou alopecia androgenética, é uma condição que afeta tanto homens quanto mulheres, caracterizada pelo afinamento dos fios em áreas como o topo da cabeça e laterais. Além de fatores genéticos, a queda de cabelo pode ser influenciada por estresse, poluição, deficiências vitamínicas e doenças da tireoide. A busca por tratamentos tem crescido, impulsionada pela visibilidade que celebridades e influenciadores dão ao tema, como o ex-BBB Arthur Picoli, que fez um procedimento para corrigir falhas na barba.

Os tratamentos para calvície incluem o transplante capilar, que se tornou mais acessível e com resultados mais naturais. As técnicas mais comuns são a FUT (Follicular Unit Transplant), que deixa uma cicatriz maior, e a FUE (Follicular Unit Extraction), que remove os folículos individualmente, resultando em cicatrizes menos visíveis. A dermatologista Violeta Tortelly destaca que a forma de implantar os fios é crucial para um resultado natural, evitando o aspecto artificial que era comum em técnicas anteriores.

Embora o transplante seja uma opção viável, Violeta ressalta que não deve ser a única solução. Tratamentos combinados, como terapias hormonais e o uso de plasma rico em plaquetas (PRP), podem fortalecer os fios e retardar a progressão da alopecia. A dermatologista também alerta que, enquanto a área transplantada não sofrerá mais com a queda, os fios naturais podem continuar a cair se a alopecia não for controlada.

A perda de cabelo pode impactar a autoestima e o bem-estar emocional, como afirmam especialistas. O apoio psicológico é fundamental, pois a calvície não afeta apenas a aparência, mas também a autoimagem e as relações sociais. O acolhimento emocional, aliado a tratamentos físicos, é essencial para lidar com as consequências da alopecia, conforme destaca o especialista Stanley Bittar.