17 de fev 2025

Pais adotam rastreadores para proteger filhos após onda de violência na França
A morte de Luise, de 11 anos, reacendeu o debate sobre segurança infantil na França. Pais estão adotando dispositivos de rastreamento, com preços entre € 39 e € 129. Especialistas alertam que tecnologia não substitui políticas públicas de proteção. Psicólogos afirmam que vigilância excessiva pode prejudicar a autonomia das crianças. Uso de rastreadores deve ser feito com consentimento dos filhos, segundo especialistas.
Foto:Reprodução
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A morte de Luise, de 11 anos, encontrada em um bosque na região parisiense no último sábado, gerou uma onda de preocupação com a segurança de crianças e adolescentes na França. O crime ocorreu poucos dias após o assassinato de Elias, de 14 anos, e meses depois do estupro e morte da universitária Philippine Le Noir, de 19 anos. Esse aumento da violência tem levado muitos pais a adotarem dispositivos de rastreamento para monitorar a localização de seus filhos.
Os dispositivos de rastreamento, que variam entre € 39 (R$ 234) e € 129 (R$ 776,90), estão se tornando populares como uma forma de garantir segurança em tempo real. Alguns modelos oferecem recursos como botão de alerta e microfone, permitindo que as crianças se comuniquem em situações de perigo. No entanto, especialistas em segurança ressaltam que a tecnologia não deve substituir políticas públicas eficazes e medidas preventivas para proteger os jovens.
Os psicólogos também expressam preocupações sobre o uso excessivo desses dispositivos. Samuel Comblez, psicólogo e vice-diretor da associação E-enfance, alerta que a vigilância constante pode prejudicar a autonomia das crianças. Ele afirma: "Se a criança tem a impressão de que ela é vigiada pelos pais 100% do tempo, não tenho certeza que ela se sentirá totalmente em segurança e não estará preparada a se proteger sozinha."
Além disso, especialistas recomendam que o uso desses aparelhos seja feito com o consentimento dos filhos, promovendo um diálogo aberto sobre segurança e privacidade. A discussão sobre a segurança das crianças na França continua a ser um tema urgente, especialmente diante do aumento da violência.
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