27 de fev 2025
Dieta mediterrânea reduz risco de câncer e promove saúde, aponta pesquisa recente
A dieta mediterrânea reduz risco de câncer, mesmo sem perda de peso significativa. Estudo revela que inflamação e saúde metabólica são fatores protetores. Adesão à dieta diminui em 17% risco de morte por câncer em mulheres. Pesquisa analisou dados de mais de 450 mil pessoas em 10 países europeus. Mudanças graduais na dieta podem facilitar transição para hábitos mais saudáveis.
O maior consumo de peixes e de azeite de oliva fazem parte da dieta mediterrânea (Foto: fcafotodigital/Getty Images)
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Refeições do Mediterrâneo demonstraram reduzir o risco de câncer de próstata, cervical e colorretal, além de diminuir em 17% a mortalidade por câncer em mulheres. Um estudo publicado no JAMA Network Open revela que a dieta mediterrânea não apenas auxilia na perda de peso, mas também apresenta benefícios independentes do índice de massa corporal (IMC). A primeira autora, Inmaculada Aguilera-Buenosvinos, destaca que a adesão a essa dieta está ligada a um menor risco de câncer relacionado à obesidade, sugerindo que fatores como redução da inflamação e melhora da saúde metabólica podem ser responsáveis.
A dieta mediterrânea é rica em vegetais, frutas, grãos integrais e azeite de oliva, enquanto limita o consumo de carne vermelha e alimentos processados. Lindsey Wohlford, nutricionista do Centro de Câncer MD Anderson, ressalta que a alta ingestão de fibras e antioxidantes presentes nas plantas contribui para a saúde do microbioma e redução da inflamação. O estudo analisou dados de mais de 450.000 participantes do European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition (EPIC), mostrando que aqueles que seguiram a dieta mediterrânea rigorosamente apresentaram 6% menos risco de cânceres relacionados à obesidade.
Embora a redução de risco pareça modesta, Aguilera-Buenosvinos afirma que isso pode resultar em milhares de casos evitáveis em nível populacional. O estudo também sugere que pausas ocasionais na dieta não comprometem os benefícios, especialmente para fumantes, que têm risco maior. Curiosamente, não foram encontradas evidências de que a dieta reduza o risco de cânceres hormonais, como o de mama, o que contrasta com pesquisas anteriores.
Para aqueles que desejam adotar a dieta mediterrânea, Wohlford recomenda começar com pequenas mudanças, como adicionar frutas e vegetais às refeições. A transição deve ser gradual, focando na inclusão de alimentos saudáveis em vez da remoção de opções menos saudáveis. A especialista enfatiza que a adesão a esse estilo de vida deve ser consistente ao longo do tempo para maximizar os benefícios à saúde.
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