12 de abr 2025
Vícios comportamentais: como a relação desordenada com hábitos pode roubar sua liberdade
Dr. Luiz Eduardo Xavier revela como vícios comportamentais se instalam de forma sutil e apresenta três passos para romper o ciclo vicioso.
Foto de um grupo de pessoas reunidas em uma mesa, discutindo ideias e estratégias. (Foto: Reprodução)
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O psiquiatra e escritor Luiz Eduardo Xavier abordou, no oitavo episódio da terceira temporada do Mapa Mental, o ciclo silencioso dos vícios comportamentais. Ele destacou como esses vícios se instalam de forma sutil e a importância da dopamina nesse processo. Segundo Xavier, “todo vício um dia esteve sob controle”, enfatizando que o problema reside na relação desordenada que o indivíduo tem com objetos ou atividades.
Xavier explicou que a dopamina, associada ao prazer, é responsável pela motivação e é liberada em atividades recompensadoras. O especialista alertou que, quando o circuito de recompensa é hiperestimulado, ocorre uma queda no prazer, levando à busca por mais estímulos. Ele exemplificou com a pornografia, onde a necessidade de conteúdos mais pesados indica a tolerância, seguida pela abstinência.
O psiquiatra também ressaltou que nem todos os vícios envolvem substâncias, podendo incluir comportamentos como uso excessivo do celular, compulsão por compras e até o trabalho. A perda de controle é o que define o vício, que muitas vezes aparece como uma resposta a emoções difíceis. O cérebro registra o prazer, e gatilhos podem reativar impulsos, como em situações de estresse financeiro.
Para romper com esses ciclos viciosos, Xavier propõe três passos: identificar gatilhos emocionais, planejar ações antes de crises e expandir o repertório emocional. “Se a única forma de aliviar a tensão for operar, beber ou comer, esse padrão vai se repetir”, concluiu. O especialista sugere alternativas como escrever, correr ou melhorar o sono para regular emoções de forma saudável.
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