Saúde

O desafio da oniomania: como a compulsão por compras afeta vidas e relacionamentos

O transtorno de compras compulsivas afeta milhões, levando a dívidas e crises emocionais. Conheça as histórias de Camila e Dhara.

Camila lida com a oniomania há grande parte de sua vida (Foto: Reprodução/ Instagram)

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Oniomania: Mulheres Revelam Luta Contra a Compulsão por Compras e Dívidas

Camila Nunes, de 40 anos, e Dhara Cabrera, de 18, compartilham a experiência de conviver com a oniomania, ou compulsão por compras, revelando o impacto financeiro e emocional do transtorno em suas vidas. Ambas buscam tratamento psicológico para lidar com o problema.

O Impulso Incontrolável

Para Camila, o impulso de comprar surge como uma “missão” imposta pelo próprio cérebro. “Antes de comprar, é como se meu cérebro me desse uma missão. Enquanto eu não compro, minha cabeça não me deixa em paz”, relata. A compulsão, presente desde a adolescência, se tornou insustentável aos 23 anos, com dívidas acumuladas em compras fiadas e empréstimos.

Ciclo Vicioso e Acúmulo

A estagiária descreve um ciclo de compras incessantes, sem usufruir dos produtos adquiridos. Em sete anos, Camila fez 21 empréstimos, totalizando R$ 240 mil em dívidas em 2021. O acúmulo de objetos, somado à dificuldade de se desfazer deles, gerava uma falsa sensação de controle.

Pandemia e Crise Financeira

A pandemia agravou a situação, com a perda do emprego e a necessidade de encarar as dívidas. Camila renegociou parte do débito, mas continua a lidar com as consequências financeiras. “Minha vida financeira está na UTI”, afirma.

Compulsão na Adolescência

Dhara, com apenas 18 anos, relata que a compulsão surgiu como uma forma de “preencher um vazio”. A jovem associava as compras a momentos de estresse, buscando alívio em um consumo impulsivo. Ela já gastou R$ 3,5 mil em um único dia e admite não se lembrar do que comprou.

Impacto nas Relações

A compulsão afetou as relações de Dhara com a família e amigos, gerando desconfiança e afastamento. A jovem relata sentir vergonha e medo de decepcionar as pessoas próximas.

Tratamento e Busca por Superação

Camila faz tratamento psicológico semanal e consulta um psiquiatra a cada três meses, além de tomar medicação para o transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Dhara também busca ajuda profissional. A psiquiatra Maria Fernanda Caliani explica que a compulsão afeta cerca de 8% da população mundial.

Fatores e Mecanismos Cerebrais

A especialista destaca que a compulsão está ligada à liberação de dopamina no cérebro, criando um mecanismo de recompensa viciante. Fatores emocionais e sociais também contribuem para o transtorno, como a busca por preencher vazios emocionais e a pressão social para consumir.

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