Desaquecimento: entenda sua importância e quando ele pode ser benéfico

O desaquecimento após exercícios físicos é uma prática comum, recomendada por personal trainers e fisiologistas para ajudar na recuperação da frequência cardíaca e pressão arterial. No entanto, pesquisas recentes sugerem que essa prática pode não ser essencial para todos os indivíduos.

O desaquecimento, que geralmente envolve movimentos mais leves após um treino intenso, permite que o corpo retorne gradualmente aos níveis normais. Para muitos, isso pode significar correr devagar ou realizar alongamentos. Contudo, especialistas como Andy Galpin, diretor do Centro de Desempenho Humano da Universidade Parker, afirmam que há poucas evidências que comprovem a eficácia do desaquecimento na prevenção de lesões ou na melhoria do desempenho.

O que é o desaquecimento? Segundo a cardiologista Erica Spatz, esse processo ocorre quando a frequência cardíaca cai abaixo de cem batimentos por minuto. Não existe um protocolo rígido para o desaquecimento, que pode ser ativo ou passivo, como exercícios de respiração. A duração recomendada varia de cinco a dez minutos, dependendo da intensidade do treino.

Estudos indicam que o desaquecimento ativo não melhora significativamente o desempenho ou reduz a dor muscular. No entanto, não há desvantagens em realizá-lo, segundo Bas Van Hooren, professor assistente da Universidade de Maastricht. Algumas pessoas relatam benefícios, como a sensação de bem-estar e a oportunidade de socializar.

Quando o desaquecimento é útil?

Existem situações em que o desaquecimento pode ser benéfico. Primeiro, após exercícios intensos, ele pode evitar tonturas. Segundo, pessoas com estresse crônico podem se beneficiar de um desaquecimento que inclua respiração controlada. Por último, para quem se exercita à noite, essa prática pode melhorar a qualidade do sono.

Embora o desaquecimento não seja essencial, ele pode ser uma parte agradável e útil da rotina de exercícios para muitos.