Geração Z enfrenta queda na felicidade e saúde mental, revela estudo global

Pesquisadores do Global Flourishing Study, uma colaboração entre Harvard e a Universidade Baylor, revelaram que a felicidade da Geração Z está em declínio. O estudo analisou dados de mais de 200.000 pessoas em 22 países e constatou que jovens adultos de dezoito a vinte e nove anos enfrentam problemas de saúde mental, falta de propósito e preocupações financeiras.

Tradicionalmente, a curva da felicidade segue um padrão em forma de “U”, onde a felicidade aumenta na juventude, diminui na meia-idade e sobe novamente na velhice. No entanto, os pesquisadores descobriram que essa curva está se achatando, com a felicidade diminuindo mais cedo na vida. A curva de florescimento permanece plana até cerca de cinquenta anos, quando começa a subir novamente.

Os dados mostram que jovens adultos estão lutando com a saúde mental e a percepção negativa sobre si mesmos. Em 2023, a Pesquisa de Comportamento de Risco Juvenil (YRBSS) revelou um aumento significativo na ansiedade e na depressão entre a Geração Z nos Estados Unidos, especialmente entre as mulheres. Cinquenta e três por cento das alunas do ensino médio relataram sentimentos persistentes de tristeza ou desesperança, em comparação com vinte e oito por cento dos meninos.

Fatores Contribuintes

Os pesquisadores identificaram vários fatores que contribuem para o declínio da saúde mental entre os jovens adultos:

• Falta de significado e direção: Cinquenta e oito por cento relataram não ter propósito em suas vidas.
• Preocupações financeiras: Cinquenta e seis por cento estão preocupados com seu bem-estar financeiro.
• Pressão por realizações: Metade dos jovens expressou que essa pressão afeta negativamente sua saúde mental.
• Solidão e isolamento social: Quase quarenta e quatro por cento sentem que não são importantes para os outros.

Os pesquisadores questionam se a sociedade está investindo o suficiente no bem-estar dos jovens. Tyler J. VanderWeele, principal autor do estudo, descreveu a situação como um "quadro bastante sombrio". A pesquisa destaca a necessidade urgente de abordar as preocupações com a saúde mental da Geração Z.