Saúde

Empresas investem em saúde mental para reter talentos e reduzir afastamentos

Empresas como Nestlé e Vibra Energia investem R$ 1 milhão anuais em saúde mental, antecipando exigências da NR1 sobre riscos psicossociais.

Funcionários da Nestlé fazem treinamento sobre bem-estar e saúde mental. (Foto: Divulgação/Nestlé)

Funcionários da Nestlé fazem treinamento sobre bem-estar e saúde mental. (Foto: Divulgação/Nestlé)

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Empresas brasileiras estão aumentando os investimentos em saúde mental, com grandes nomes como Nestlé e Vibra Energia aplicando mais de R$ 1 milhão anualmente em programas de prevenção. Essa mudança ocorre em resposta ao crescimento de afastamentos por transtornos mentais, que aumentaram 400% desde a pandemia, segundo o Ministério da Previdência Social.

A atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR1), que exigirá que as empresas identifiquem riscos psicossociais, foi prorrogada por um ano para permitir adaptações. As empresas devem agora monitorar fatores como excesso de jornada, assédio e falta de descanso mental. Em 2024, o Brasil registrou 472.328 licenças por problemas mentais, com um custo estimado de R$ 3 bilhões.

Iniciativas em Saúde Mental

A Nestlé, com cerca de 22 mil colaboradores, desenvolve um programa em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein, capacitando 600 funcionários como agentes de saúde mental. O investimento anual em bem-estar é de R$ 1,5 milhão. O diretor Fabrício Pavarin destaca a importância de um ambiente seguro para discutir saúde mental, comparando-o à aceitação de problemas físicos.

Na Vibra Energia, o investimento também supera R$ 1 milhão. A empresa oferece suporte psicológico online, sessões de meditação e campanhas de conscientização. O vice-presidente Aspen Andersen afirma que essas ações resultaram em uma redução significativa de afastamentos e um melhor equilíbrio no uso do plano de saúde.

Cultura Organizacional

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) possui programas de saúde mental há oito anos, focando em saúde emocional, física e financeira. A diretora Andressa Lamana ressalta que a escuta genuína e o acolhimento são fundamentais para um ambiente de trabalho saudável. A CBA recebeu o selo Great People Mental Health por suas iniciativas.

A B3, que transformou sua cultura organizacional, também investe em saúde mental, promovendo práticas como yoga e psicoterapia online. A diretora Renata Caffaro observa que a valorização do bem-estar tem atraído e retido talentos, além de reduzir a sinistralidade do plano de saúde em 40% nos últimos três anos.

Desafios e Considerações

Apesar dos avanços, especialistas alertam para o risco de positividade tóxica e mentalwashing, onde ações superficiais não refletem a cultura organizacional. O psicólogo Bruno Chapadeiro enfatiza que o bem-estar deve ser acompanhado de condições de trabalho dignas e combate ao assédio.

Darwin Grein, da consultoria Juntxs, destaca que a qualidade da liderança é crucial para a saúde mental dos colaboradores. Pesquisas anônimas podem ajudar a identificar dinâmicas tóxicas, como assédio e falta de clareza nas funções, que afetam o bem-estar no ambiente de trabalho.

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