Alimentação saudável e hábitos simples garantem longevidade nas zonas azuis do mundo

As Blue Zones são regiões conhecidas por sua alta concentração de centenários saudáveis, com dietas baseadas em plantas e hábitos alimentares saudáveis. Recentemente, uma revisão publicada no New England Journal of Medicine destacou a dieta mediterrânea como a mais benéfica para a saúde, além de abordar a importância de dietas vegetarianas e veganas.

Essas zonas incluem um vilarejo na Sardenha, uma ilha no Japão, uma comunidade na Costa Rica e outra na Califórnia. A alimentação nessas áreas é simples, rica em grãos integrais, vegetais, legumes e oleaginosas, com baixo consumo de carne vermelha e alimentos ultraprocessados. O azeite de oliva e o vinho, consumidos com moderação, são comuns, assim como os rituais de refeições em grupo.

A dieta mediterrânea, que é a base das Blue Zones mediterrâneas, como Creta e Sardenha, apresenta benefícios significativos, incluindo menor risco de doenças cardiovasculares, câncer e declínio cognitivo. Os mecanismos por trás desses benefícios vão além do controle de peso, modulando inflamação e melhorando o perfil de colesterol.

Dietas Vegetarianas e Veganas

Estudos também indicam que dietas vegetarianas e veganas, quando bem planejadas, estão associadas a um menor risco de infarto, diabetes e certos tipos de câncer. Os adventistas da Califórnia, uma das Blue Zones, seguem predominantemente dietas vegetarianas. Contudo, dietas mais restritivas, como a vegana estrita, requerem atenção à suplementação de nutrientes como vitamina B12, ferro e zinco.

Dietas da moda, como a cetogênica e o jejum intermitente, têm ganhado popularidade por prometerem perda de peso rápida. Embora possam trazer benefícios a curto prazo, os efeitos a longo prazo ainda são incertos e a adesão tende a diminuir com o tempo. Alternativas como a dieta DASH, voltada para a hipertensão, e a dieta MIND, focada na proteção cognitiva, também se baseiam em alimentos minimamente processados.

A Comida como Aliada

O que une todas essas evidências é a comida como aliada. Comer devagar, em boa companhia, e priorizar alimentos frescos e minimamente processados são práticas comuns nas Blue Zones. A carne é vista como coadjuvante, enquanto as plantas são protagonistas. Este enfoque pode ser um retorno à sabedoria ancestral, promovendo uma alimentação prazerosa e consciente.