Cristiane Morandim cria método de saúde integrativa após enfrentar doença autoimune

Cristiane Morandim, ginecologista e especialista em saúde integrativa, foi diagnosticada com esclerose sistêmica durante sua segunda gestação. O diagnóstico, que trouxe a expectativa de vida limitada, ocorreu quando ela estava grávida de quatro meses. A médica, que hoje tem 46 anos, enfrentou desafios significativos de saúde e decidiu usar sua experiência para ajudar outros.

Para isso, desenvolveu o método SEEI, que se concentra em quatro pilares: sono, estresse, exercício e intestino. Após estabilizar sua condição, que quase levou à atrofia dos músculos das mãos, Cristiane se tornou uma referência na luta contra doenças autoimunes. Ela também fundou uma igreja no interior de São Paulo, voltada para apoiar pessoas com doenças raras.

Cristiane critica a indústria farmacêutica e os planos de saúde, que, segundo ela, priorizam medicamentos em vez de um tratamento mais holístico. “A gente anda tomando muito remédio, está todo mundo viciado”, afirma. Ela relata que, após o diagnóstico, passou por doze sessões de quimioterapia e considerou um transplante de medula, mas optou por mudar seu estilo de vida.

Método SEEI

O método SEEI surgiu da necessidade de Cristiane de entender melhor sua saúde. Ela estudou a relação entre doenças autoimunes e a saúde intestinal, percebendo que muitos problemas começam no intestino. “A doença autoimune começa muito no intestino”, explica. Com isso, ela adotou uma dieta sem glúten e leite, além de iniciar a prática de exercícios físicos.

A médica enfatiza a importância de priorizar a saúde mental e física. “Você só consegue se priorizar e colocar em prática os pilares de saúde quando se coloca em primeiro lugar”, destaca. Atualmente, ela realiza atividades físicas regularmente e promove a espiritualidade em suas consultas.

Apoio a Doenças Raras

Em Vargem Grande do Sul, Cristiane fundou a Igreja Padre Donizete, a primeira no Brasil dedicada a pessoas com doenças autoimunes. A igreja abre suas portas duas vezes por mês, oferecendo apoio e fé à comunidade. “Virou uma coisa para ajudar mesmo”, afirma.

Cristiane continua sua luta contra a indústria farmacêutica, defendendo que a prevenção e a saúde integral devem ser priorizadas em vez de tratamentos agressivos. Ela acredita que a mudança deve começar pelo entendimento do corpo e pela promoção de hábitos saudáveis.