Medo de demissão: como identificar sinais e agir para preservar seu emprego

O medo de perder o emprego é uma preocupação comum entre trabalhadores, frequentemente sem justificativa clara. Especialistas em gestão de pessoas alertam que a falta de comunicação no ambiente de trabalho pode intensificar essa insegurança.

Thirza Reis, psicóloga e especialista em liderança feminina, destaca a importância de avaliar se esse medo é real ou apenas um reflexo de inseguranças internas. “O risco aqui é transformar esse medo numa ‘profecia autorrealizadora’,” afirma. Para identificar sinais de alerta sobre a demissão, Ylana Miller, especialista em gestão de pessoas, recomenda observar comportamentos no ambiente de trabalho.

Sinais de Alerta

A ausência de feedback, transferências sem explicação e exclusão de projetos são indicadores de risco. A falta de comunicação de um líder pode ser um sinal de alerta, especialmente em momentos de crise. “Quando existem problemas, definir um plano de ação com metas e prazos é essencial,” diz Miller. Se o gestor não convida o colaborador para reuniões importantes, isso pode indicar uma mudança iminente.

Quando um funcionário é transferido para outra área sem aviso prévio, pode ser um sinal de que a empresa está se afastando dele. “Esse processo de afastamento é comum e pode deixar o funcionário sem tarefas relevantes,” explica Ylana. É fundamental que o colaborador analise se essa mudança faz sentido para sua carreira.

Ações a Tomar

Se um funcionário perceber que está sendo excluído de projetos importantes, é hora de agir. Thirza Reis sugere que o colaborador traga dados sobre suas entregas e mostre disposição para evoluir. “Isso demonstra maturidade e engajamento,” afirma.

Por fim, é importante lembrar que nem sempre é possível evitar uma demissão. Ylana compara relações de trabalho a relacionamentos pessoais, que podem ter um fim inevitável. Ao notar sinais de demissão, é aconselhável considerar novas oportunidades, seja dentro da empresa ou no mercado. “Ser demitido não é sinal de fracasso, mas pode ser o início de algo mais alinhado,” conclui Thirza Reis.