26 de mai 2025

Pacientes acusam psiquiatra de aplicar golpes em consultório no Leblon
Ex diretora do Instituto Municipal Philippe Pinel, Mara Faget enfrenta novas acusações de manipulação emocional e uso indevido de registro médico. Justiça determina pagamento de R$ 950 mil, mas não há bens localizados.
Foto:Reprodução
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Ex-diretora do Instituto Municipal Philippe Pinel, Mara Faget é acusada de aplicar golpes em pacientes. Desde 2021, quando teve seu registro profissional cassado, ela teria solicitado empréstimos durante consultas, alegando emergências pessoais. Mesmo após a cassação, continuou atendendo como psicanalista em um consultório no Leblon, no Rio de Janeiro.
Uma das vítimas, uma enfermeira que buscou ajuda em 2014, relatou ter enfrentado manipulação emocional e pedidos constantes de dinheiro, totalizando R$ 92 mil em empréstimos. A paciente, que preferiu não se identificar, afirmou que Mara desviava o foco das sessões para suas próprias dificuldades, utilizando isso como justificativa para os pedidos. Mensagens obtidas pela reportagem mostram a enfermeira implorando pelo pagamento da dívida.
Novas Denúncias
Além das acusações anteriores, novas denúncias surgiram, incluindo o uso indevido de nome e carimbo de outra médica. A Justiça determinou que Mara deve pagar R$ 950 mil, mas não foram encontrados bens em seu nome. Em outro caso, ela teria se envolvido romanticamente com a filha de uma paciente idosa, obtendo altos valores sob a justificativa de resolver questões de herança.
Familiares de uma paciente idosa alegam que Mara medicou a mulher com um diagnóstico falso de Alzheimer, que foi posteriormente corrigido para depressão. Apesar da cassação do registro pelo Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), ela continuou atuando como psicanalista, uma atividade não regulamentada.
Investigação e Repercussão
A jornalista Laren Aniceto, ex-paciente de Mara, decidiu investigar seu histórico após descobrir que ela ainda atuava. Sua pesquisa, que incluiu 38 entrevistas, revelou que a ex-médica emitiu recibos com CRM cassado. A defesa de Mara nega todas as acusações e afirma que ela nunca atuou como médica sem registro, prometendo recorrer judicialmente para restabelecer seu CRM.
O Cremerj destaca que exercer a medicina sem registro é crime. Uma das vítimas enfatiza a importância de denunciar, afirmando que é necessário agir para que pessoas como Mara não fiquem impunes.
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