Saúde

Médico é denunciado por homicídio após morte de paciente em procedimento estético em Recife

Médico é denunciado por homicídio após morte de paciente em procedimento estético com substância proibida. Ele segue agendando atendimentos.

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O Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) denunciou o médico Marcelo Alves Vasconcelos por homicídio qualificado após a morte de uma paciente durante um procedimento estético em Recife. A paciente, Adriana Soares Lima Laurentino, de 46 anos, faleceu em 11 de janeiro, um dia após realizar uma bioplastia de glúteos em uma clínica particular. O médico utilizou uma substância contraindicada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A denúncia inclui também exercício ilegal da profissão, pois Marcelo não possuía registro em Pernambuco na época do procedimento. Ele foi denunciado por dolo eventual, que ocorre quando se assume o risco de causar a morte. O corpo da paciente apresentava sinais de sangramento e escurecimento, e a polícia investiga a responsabilidade do médico.

Procedimento e Consequências

Adriana conheceu o serviço de Marcelo pelas redes sociais, onde ele possui 137 mil seguidores. O procedimento custou R$ 21 mil e foi agendado através de um link disponibilizado na internet. O delegado Mário Melo, responsável pela investigação, afirmou que o médico tinha ciência dos riscos associados ao uso da substância, que já havia causado mortes anteriormente.

Marcelo realiza os procedimentos sem a presença de auxiliares, apenas com um filmaker. As pacientes autorizam a divulgação de imagens do pré e pós-procedimento. Se a denúncia for aceita, Marcelo será julgado pelo Tribunal do Júri da Capital.

Registro e Atividades

Após a morte de Adriana, o registro de Marcelo foi regularizado, mas ele continua ativo nas redes sociais, agendando novos procedimentos. Ele tem atendimentos marcados para os dias 2 e 3 de junho em Recife, além de outras cidades como Fortaleza e São Paulo. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe) instaurou uma sindicância em sigilo para não comprometer a investigação.

O produto utilizado na bioplastia, polimetilmetacrilato (PMMA), é indicado apenas para tratamento reparador e não para fins estéticos. A Anvisa destaca que seu uso pode causar complicações graves, incluindo risco de morte. O presidente da Associação Pernambucana de Cirurgia Plástica afirmou que a sociedade pediu à Anvisa que proíba a produção e venda do PMMA no país.

Marcelo se defendeu, alegando que não havia "nexo de causalidade" entre sua atuação e a morte da paciente, ressaltando que todas as etapas do procedimento foram planejadas e executadas com rigor.

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