Saúde

Família de piloto falecido solicita fiscalização de drogas em aviões particulares

Família de copiloto morto em acidente de helicóptero pede regulamentação do uso de drogas por pilotos; ANAC avalia exames toxicológicos.

Piloto João Augusto Hjertquist Tremeschin, morto em um acidente de helicóptero em 2022 (Foto: Arquivo pessoal)

Piloto João Augusto Hjertquist Tremeschin, morto em um acidente de helicóptero em 2022 (Foto: Arquivo pessoal)

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A família de João Augusto Hjertquist Tremeschin, copiloto falecido em um acidente de helicóptero em 2022, clama por maior controle sobre o uso de substâncias psicoativas por pilotos de aeronaves particulares. O acidente ocorreu na floresta do Parque Taipas, em São Paulo, quando o helicóptero, pilotado por Edison Alves, caiu enquanto buscava o presidente da XP, Guilherme Benchimol.

O exame toxicológico de Alves revelou 62 ng/ml de cocaína no sangue, além de substâncias como Clonazepam, Venlafaxina e Zolpidem. Em contraste, o exame de Tremeschin não detectou qualquer substância. O caso foi arquivado pelo Ministério Público, que não conseguiu atribuir culpa criminal à empresa Majam, proprietária da aeronave.

Pedido por Mudanças

Os pais de Tremeschin, Tânia Veiga Hjertquist e João Francisco Tremeschin, criticam a falta de regulamentação nacional sobre o uso de drogas por pilotos. Eles argumentam que a responsabilidade recai sobre quem permitiu que Alves voasse, especialmente após uma licença prolongada. Tânia destaca que a morte do filho poderia servir como um catalisador para mudanças nas leis de aviação.

A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) está revisando suas normas e considera a inclusão de exames toxicológicos para pilotos de aeronaves particulares. Atualmente, essa exigência existe apenas para operações de transporte aéreo público, sob o Programa de Prevenção do Risco Associado ao Uso Indevido de Substâncias Psicoativas na Aviação Civil.

Situação Atual

Em 2023, o Brasil registrou 76 acidentes aéreos, com 25 deles resultando em fatalidades. A ANAC já recebeu recomendações do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) para incluir exames toxicológicos no processo de certificação médica de pilotos. A Majam, por sua vez, expressou solidariedade às famílias afetadas e apoiou medidas que aumentem a segurança na aviação.

A revisão das normas da ANAC está prevista para o biênio 2025-2026, e a inclusão de exames toxicológicos será analisada. A situação atual levanta preocupações sobre a segurança na aviação civil e a necessidade de um olhar mais atento para a saúde mental e o uso de substâncias por pilotos.

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