Saúde

Ozempic pode ser a chave para transformar o tratamento do Alzheimer, apontam estudos recentes

Medicamentos Ozempic e Mounjaro mostram potencial para prevenir Alzheimer em humanos. Análise recente indica redução de 40% a 70% no diagnóstico entre usuários de semaglutida. Estudos observacionais e ensaios clínicos buscam entender efeitos e mecanismos. Pesquisas sugerem que medicamentos podem melhorar saúde metabólica e reduzir inflamação. Novas opções de tratamento para Alzheimer são extremamente necessárias e bem vindas.

Ilustração mostra placas de proteína beta-amiloide (em laranja) entre neurônios de paciente com Alzheimer (Foto: NIAID-NIH)

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Pesquisas recentes indicam que medicamentos como Ozempic e Mounjaro, conhecidos por tratar diabetes e obesidade, podem ter potencial para prevenir ou reverter sinais da doença de Alzheimer. Estudos em camundongos mostraram que esses fármacos, que imitam hormônios metabólicos, podem melhorar funções cognitivas e reduzir marcadores da doença. No entanto, especialistas alertam que a transposição desses resultados para humanos ainda é incerta, dado o histórico de falhas em tratamentos que funcionaram em roedores.

Uma análise revelou que pessoas que tomaram semaglutida (presente no Ozempic) apresentaram de 40% a 70% menos chances de serem diagnosticadas com Alzheimer em comparação a outros tratamentos. Outro estudo observacional indicou uma redução de risco de cerca de 10% para o desenvolvimento de demência. Contudo, Ziyad Al-Aly, coautor da pesquisa, ressalta que é difícil estabelecer uma relação causal direta entre os medicamentos e esses benefícios.

Ensaios clínicos estão em andamento para avaliar o impacto desses medicamentos em pacientes já diagnosticados com demência. Resultados preliminares mostraram que pacientes com Alzheimer leve tratados com liraglutida (Victoza) apresentaram um declínio cognitivo mais lento em comparação ao grupo placebo. Apesar dos resultados animadores, os benefícios foram considerados modestos e ainda não se sabe se haverá mudanças significativas na condição dos pacientes.

Os mecanismos exatos pelos quais esses medicamentos podem proteger o cérebro ainda estão sendo investigados. Hipóteses sugerem que a melhora na saúde metabólica e a redução da inflamação podem ser fatores-chave. Além disso, a capacidade dos medicamentos de atravessar a barreira hematoencefálica e atuar em regiões do cérebro relacionadas à memória é uma área de pesquisa ativa. A possibilidade de que esses fármacos possam ajudar a reduzir o acúmulo da proteína tau, associada ao Alzheimer, também é considerada promissora, embora a eficácia ainda precise ser confirmada em estudos futuros.

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