Saúde

Fábrica de vacinas da Fiocruz se torna pasto após 16 anos e R$ 1,2 bilhão investidos

Após 16 anos, o projeto da Fiocruz para a maior fábrica de vacinas da América Latina permanece paralisado, com R$ 1,2 bilhão já gastos.

O terreno da fábrica de vacinas, na Zona Oeste do Rio, só tem as fundações (Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo)

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O Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), anunciado há 16 anos pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, permanece paralisado. Apenas as fundações de mais de 40 prédios foram construídas, enquanto R$ 1,2 bilhão já foi gasto. Atualmente, o local, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, serve como pasto para gado.

O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga a situação. A maior parte dos recursos foi destinada à compra de equipamentos importados, que estão inoperantes desde 2018. Esses equipamentos, adquiridos por R$ 813 milhões, estão armazenados em um galpão na Baixada Fluminense, em área controlada pelo tráfico, gerando custos de R$ 14,3 milhões em aluguel nos últimos três anos. A garantia dos fabricantes já expirou, e não se sabe em que condições se encontram as máquinas.

A Fiocruz tentou retomar o projeto em 2021, habilitando um consórcio para concluir a obra por meio de um modelo de aluguel (built to suit, ou BTS). Contudo, a execução contratual não avançou devido à dificuldade do consórcio em captar recursos privados. Agora, discute-se a possibilidade de incluir o projeto no Orçamento federal. Para finalizar a fábrica, seriam necessários mais de R$ 5,4 bilhões e um prazo estimado de quatro anos.

O episódio evidencia problemas na gestão de recursos públicos. Apesar do investimento significativo, o projeto ainda não saiu do papel, refletindo a dependência do Brasil na produção de vacinas. O governo federal deve priorizar a conclusão do complexo, que é considerado estratégico para a autonomia na produção de medicamentos e vacinas.

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