Atividades cognitivas ajudam a prevenir o declínio da memória na terceira idade

Quando Jennifer O'Brien, psicóloga da Universidade do Sul da Flórida, é questionada sobre se atividades como palavras cruzadas podem prevenir o declínio cognitivo, ela afirma que essa é a dúvida mais frequente em suas palestras. A pesquisa sobre a eficácia de atividades específicas é limitada, mas estudos indicam que atividades cognitivamente estimulantes estão associadas a uma menor probabilidade de perda de memória em idosos.

Pesquisas recentes sugerem que a escolha das atividades deve levar em conta as dificuldades individuais. Fatores como inatividade física e depressão também têm impacto significativo no declínio cognitivo. Joyce Gomes-Osman, fisioterapeuta e neurocientista, destaca que é essencial escolher atividades que abordem as habilidades em que a pessoa enfrenta dificuldades. Por exemplo, quebra-cabeças visuais podem ajudar quem tem problemas com habilidades espaciais.

Fatores de Risco

A Comissão Lancet sobre prevenção da demência estima que quarenta e cinco por cento dos casos de demência podem ser prevenidos ao tratar fatores de risco como obesidade, pressão alta e perda auditiva. Greg Cooper, neurologista, recomenda uma abordagem multifacetada, que inclua exercícios físicos, engajamento social e uma alimentação saudável, além de atividades cognitivas.

Embora a memória episódica, que envolve recordar eventos passados, diminua com a idade, a memória semântica, que lida com palavras e conceitos, tende a se fortalecer. Portanto, ao selecionar atividades, é importante considerar as áreas que precisam de mais estímulo. A combinação de diferentes tipos de atividades pode ser a chave para manter a saúde cognitiva na terceira idade.