Saúde

Tim Friede ajuda a ciência a desenvolver antídoto universal contra venenos de cobra

Tim Friede, que injetou veneno de cobras em si mesmo por anos, ajudou a desenvolver um antiveneno promissor contra 19 espécies.

Foto:Reprodução

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Um experimento inusitado realizado por Tim Friede, um entusiasta de cobras dos Estados Unidos, resultou em um avanço significativo na pesquisa de antivenenos. Friede, de 55 anos, injetou veneno de serpentes em si mesmo por mais de duas décadas, buscando desenvolver imunidade. Recentemente, cientistas identificaram anticorpos em seu sangue que podem proteger camundongos contra venenos de 19 espécies de cobras.

A pesquisa, publicada na revista Cell, foi liderada por Jacob Glanville, especialista em imunologia. Os anticorpos LNX-D09 e SNX-B03, isolados do sangue de Friede, mostraram-se eficazes na neutralização de neurotoxinas de cobras do grupo dos elapídeos, que inclui espécies como mambas e najas. Os testes laboratoriais indicaram que um coquetel formado por esses anticorpos, combinado com o medicamento varespladib, protegeu completamente os camundongos expostos ao veneno de 13 das 19 espécies analisadas.

Os pesquisadores destacam que essa abordagem pode reduzir os riscos associados aos antivenenos tradicionais, que geralmente são derivados de cavalos e ovelhas e podem causar efeitos colaterais graves. A principal vantagem dos antídotos humanos é a menor probabilidade de causar rejeição e complicações imunológicas. O objetivo é desenvolver um antiveneno universal que possa ser administrado em hospitais, mesmo em áreas com infraestrutura limitada.

Atualmente, os antídotos disponíveis são específicos para grupos limitados de espécies, o que representa um desafio em regiões onde picadas de cobra são comuns. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 81 mil e 138 mil pessoas morrem anualmente devido a picadas de cobra, muitas em áreas rurais. Embora os resultados sejam promissores, o novo antídoto ainda precisa passar por testes clínicos rigorosos antes de ser disponibilizado para uso humano.

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