Transplante de sobrancelhas ganha destaque com influenciadoras e celebridades

Recentemente, o transplante de sobrancelhas ganhou destaque nas redes sociais, especialmente após a atriz Deborah Secco compartilhar sua experiência com o procedimento. Influenciadoras também têm mostrado o processo de manutenção das sobrancelhas transplantadas, gerando crescente interesse na técnica.

O transplante é realizado de forma semelhante ao transplante capilar, com duração média de quatro a cinco horas. Inicialmente, folículos capilares são retirados da parte inferior da cabeça, próximos à nuca, onde os fios têm características semelhantes aos das sobrancelhas. A médica dermatologista Christine Graf Guimarães explica que essa escolha é estratégica, pois a região é menos visível e oferece maior previsibilidade de crescimento.

Após o transplante, os fios permanecem na região por cerca de quinze dias antes de caírem, dando lugar ao que os médicos chamam de "brotamento". Durante esse período, é comum o uso de medicamentos, como o minoxidil, para auxiliar na adaptação dos fios. Além disso, muitos pacientes optam por consultar um designer de sobrancelhas para definir o formato desejado antes do procedimento.

Desafios e Cuidados

A dermatologista Leila Bloch destaca que o transplante de sobrancelhas é mais desafiador que o capilar, devido à necessidade de um design artístico e à angulação dos fios. Em média, são necessários trezentos fios para o procedimento, enquanto um transplante capilar pode exigir até três mil unidades foliculares. A busca por sobrancelhas mais grossas reflete tendências estéticas atuais, que diferem das preferências por sobrancelhas finas de décadas passadas.

O processo de cicatrização pode levar até um ano para que o resultado final seja visível. Após a cicatrização, os novos fios crescem aproximadamente um centímetro por mês. É importante que os pacientes estejam cientes da necessidade de manutenção regular, como cortes e moldagens.

As especialistas alertam que o transplante deve ser realizado apenas por dermatologistas em ambiente cirúrgico, com anestesia. O procedimento não é recomendado para pacientes com doenças autoimunes, como a alopécia areata, especialmente se a condição estiver ativa, pois isso pode comprometer a viabilidade dos fios transplantados.