15 de jan 2025

Nova proposta redefine diagnóstico de obesidade e questiona uso do IMC como único critério
A revista The Lancet propõe redefinir o diagnóstico de obesidade, além do IMC. Novo estudo introduz categorias de obesidade clínica e pré clínica para diagnósticos. A proposta visa reduzir o estigma e melhorar a precisão no tratamento da obesidade. Dados mostram que 24,3% dos adultos brasileiros são obesos, com aumento global alarmante. Especialistas acreditam que novas diretrizes podem otimizar políticas de saúde pública.
Foto:Reprodução
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A revista científica The Lancet divulgou um estudo que propõe uma nova abordagem para o diagnóstico da obesidade, sugerindo que o índice de massa corporal (IMC) não deve ser o único critério. A pesquisa, realizada por uma comissão de 58 especialistas ao longo de três anos, recomenda considerar também a distribuição de gordura corporal e o histórico médico do paciente. O objetivo é reduzir o estigma associado à obesidade e fornecer diretrizes mais precisas para profissionais de saúde.
Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) define a obesidade como um excesso de gordura corporal que pode prejudicar a saúde, caracterizada por um IMC igual ou superior a 30. O IMC é calculado dividindo o peso em quilos pela altura em metros ao quadrado. No entanto, o estudo destaca que o IMC não reflete a quantidade de gordura e pode levar a diagnósticos incorretos, especialmente em atletas ou pessoas com alta massa muscular.
O estudo também introduz duas novas categorias: obesidade clínica, que envolve condições médicas associadas ao excesso de gordura, e pré-obesidade clínica, que se refere a indivíduos com excesso de peso, mas sem doenças relacionadas. Especialistas brasileiros apoiam a proposta, afirmando que ela amplia a compreensão da obesidade como uma doença complexa e não apenas um fator de risco.
Dados recentes indicam que a obesidade é uma epidemia global, afetando mais de um bilhão de pessoas. No Brasil, a pesquisa Vigitel de 2023 revelou que 24,3% dos adultos são obesos, com taxas ainda mais altas entre homens de 45 a 54 anos. Se não forem tomadas medidas, estima-se que 48% dos adultos brasileiros viverão com obesidade em breve, destacando a urgência de abordagens mais eficazes no diagnóstico e tratamento da condição.
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