Brenda Gonçalves relata dor intensa após queimaduras de caravela-portuguesa na praia

Brenda Gonçalves, de 29 anos, ainda se recupera das queimaduras causadas por uma caravela-portuguesa durante um passeio na praia de Shangri-lá, no Paraná, em novembro de 2023. A situação se agravou quando ela tentou aliviar a dor com água doce, uma prática não recomendada. Após 20 anos sem visitar a praia, Brenda decidiu compartilhar sua experiência para alertar outros banhistas sobre os riscos associados a esses animais, comuns no litoral brasileiro.

No dia do incidente, Brenda estava com sua família e, após um dia tranquilo, decidiu entrar no mar. Ao se distrair com a beleza do ambiente, acabou se aproximando da caravela, que possui tentáculos de até 30 metros. Ao sentir a dor intensa, ela tentou sair da água, mas os tentáculos a atingiram, causando um choque e queimaduras severas. Sua família tentou ajudá-la, mas também sofreu queimaduras ao tentar remover os tentáculos.

O atendimento médico foi acionado e, apesar de tentativas de aliviar a dor com água potável e vinagre, a situação se mostrou crítica. Brenda recebeu injeções de analgésicos e antialérgicos, mas a dor persistiu. Após o tratamento, ela enfrentou reações alérgicas e ainda lida com cicatrizes visíveis, que a impedem de se expor ao sol. A dermatologista Leonardo Abrucio Neto alerta que a queimadura pode ser superficial ou profunda, dependendo do tempo de contato com os tentáculos.

O médico recomenda que banhistas evitem o contato com caravelas-portuguesas, mesmo que estejam mortas, pois os tentáculos continuam a liberar toxinas. Em caso de acidente, a área afetada deve ser lavada com água do mar e os tentáculos removidos com cuidado. É crucial evitar água doce, álcool ou urina, que podem agravar a situação. O uso de vinagre é indicado para neutralizar as toxinas, mas a avaliação médica é essencial para tratar adequadamente as queimaduras.