Saúde

Estados proíbem armas de gel após acidentes graves; quatro cidades já adotaram medidas

A proibição das gel blasters começou em Pernambuco, após acidentes graves. Quatro cidades de Pernambuco já sancionaram leis contra a venda e fabricação. O uso inadequado das armas pode causar lesões oculares e outros danos. A Fundação Altino Ventura registrou 95 atendimentos relacionados desde dezembro. Projetos de lei para proibir as armas estão em andamento em sete estados.

Foto:Reprodução

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A proibição das armas de gel, conhecidas como gel blasters, começou em dezembro de 2023 em várias cidades brasileiras, após um aumento de acidentes envolvendo crianças e adolescentes. O primeiro município a adotar a medida foi Paulista, em Pernambuco, onde a venda e distribuição desses artefatos foram vetadas. Desde então, outras cidades, como Caruaru e Olinda, seguiram o exemplo, e projetos de lei semelhantes estão sendo discutidos em assembleias legislativas de pelo menos sete estados.

O uso das gel blasters se popularizou por meio de vídeos nas redes sociais, mas incidentes graves, como o de Kauê da Silva, de oito anos, que sofreu uma hemorragia ocular durante uma brincadeira, chamaram a atenção para os riscos. O tio do menino relatou que a situação se tornou caótica, com batalhas envolvendo dezenas de jovens nas ruas. As armas, importadas da China e vendidas em lojas populares, são alimentadas por bolinhas de gel, que podem causar ferimentos sérios.

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) esclareceu que as gel blasters não são consideradas brinquedos e se assemelham a equipamentos de airsoft e paintball, que possuem regulamentação específica. Em resposta aos riscos, algumas prefeituras, como a de Volta Redonda, passaram a tratar as gel blasters como réplicas de armas de fogo, confiscando centenas de unidades e munições. A falta de legislação específica não impediu ações contra a comercialização irregular.

Profissionais de saúde alertam sobre os perigos associados ao uso inadequado das gel blasters, que podem resultar em lesões oculares graves. Após a proibição, a Fundação Altino Ventura, que atende casos oftalmológicos, registrou uma queda nos atendimentos relacionados a esses acidentes. Médicos destacam que o uso de munições alteradas, como bolinhas de aço ou congeladas, aumenta significativamente o risco de ferimentos.

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