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24 de jan 2025

Medieval viajantes adotavam práticas de saúde para enfrentar perigos e doenças

Em 1227, Adam de Cremona escreveu instruções de saúde para viajantes. O texto destaca práticas como sangria e cuidados com a água. A obra reflete uma visão holística da saúde durante as viagens. Viajantes medievais enfrentavam doenças e perigos físicos constantes. O conhecimento sobre saúde era vital para evitar problemas como a disenteria.

Foto:Reprodução

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Os viajantes sempre enfrentaram riscos à saúde ao se afastarem de casa, e os medievalistas não foram exceção. Jacques de Vitry, pregador do século XIII, alertava sobre os “perigos em terra, perigos no mar, perigos de ladrões, predadores e batalhas”. Além disso, havia ameaças à saúde, como doenças, má nutrição, falta de água potável, lesões e envenenamentos. Os viajantes medievais eram ativos e inovadores na busca por prevenir problemas de saúde durante suas jornadas.

Um conjunto notável de instruções de saúde para viajantes é o “De regimine et via itineris et fine peregrinatium”, escrito por Adam de Cremona por volta de 1227-28 para o imperador Frederico II, prestes a partir em cruzada. O texto, que sobreviveu em um único manuscrito, baseia-se fortemente na obra de Ibn Sina, o “Canon da Medicina”. Adam recomendava a sangria, que deveria ser realizada antes da viagem e regularmente durante ela, dependendo da “vontade e humor” das estrelas. Embora a prática tenha sido abandonada pela medicina moderna, a sangria e a “terapia com sanguessugas” ainda são utilizadas em contextos específicos.

Adam também orientava sobre a importância da água potável e da alimentação, sugerindo que a dieta fosse semelhante à de casa, rica em frutas e vegetais. Ele alertava sobre a necessidade de descanso adequado e banhos regulares, especialmente para evitar a disenteria, um risco comum entre os cruzados. Além disso, viajantes eram aconselhados a cuidar dos pés, utilizando emplastros para prevenir bolhas, e a regular o ritmo das caminhadas, principalmente em terrenos desconhecidos.

Os viajantes medievais não deixavam sua saúde apenas nas mãos de Deus. Mesmo os cruzados tomavam precauções para equilibrar saúde física e espiritual, confessando pecados e levando amuletos para proteção. Essa “profilaxia divina” coexistia com cuidados práticos do corpo, refletindo uma visão holística da saúde. Apesar das limitações dos métodos disponíveis, a história medieval mostra que a busca por boa saúde sempre foi uma preocupação humana, gerida por meio da prevenção tanto quanto da cura.

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