Saúde

Estudo alerta: 2,3 milhões podem morrer na Europa devido ao calor extremo até 2100

Estudo prevê até 2,3 milhões de mortes na Europa por temperaturas extremas. Análise abrange 854 áreas urbanas em 30 países europeus entre 2015 e 2099. Regiões mediterrâneas, como Espanha e Itália, serão as mais afetadas. Mortes por calor devem superar as por frio, mudando a atual realidade. Adaptações urbanas, como mais áreas verdes, são essenciais para mitigação.

Paramédicos ajudam uma pessoa afetada por insolação durante uma onda de calor em 2022 em Barcelona, Espanha. (Foto: Angel Garcia/Bloomberg via Getty)

Paramédicos ajudam uma pessoa afetada por insolação durante uma onda de calor em 2022 em Barcelona, Espanha. (Foto: Angel Garcia/Bloomberg via Getty)

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Um estudo recente indica que 2,3 milhões de pessoas em cidades europeias podem morrer devido a temperaturas extremas até o final do século, caso não sejam tomadas medidas para mitigar as mudanças climáticas. A pesquisa, publicada na revista Nature Medicine, analisou dados de temperatura e mortalidade de 854 áreas urbanas em 30 países europeus, projetando mortes relacionadas ao clima entre 2015 e 2099.

Os pesquisadores examinaram diferentes cenários de aquecimento e as consequências de estratégias para proteger a população, como aumentar áreas verdes e sombra nas cidades ou instalar ar-condicionado nas residências. Os resultados sugerem que as mortes por calor poderão superar as causadas pelo frio, mesmo nas projeções mais otimistas, com um aumento total de quase 50% nas mortes relacionadas à temperatura.

Regiões do Mediterrâneo, especialmente leste da Espanha, sul da França, Itália e Malta, estão entre as mais afetadas. Pierre Masselot, coautor do estudo e epidemiologista ambiental, destaca a necessidade de uma adaptação massiva para lidar com o aumento das temperaturas, embora considere difícil alcançar esse nível de adaptação atualmente.

Embora, nos últimos anos, a Europa tenha enfrentado ondas de calor recordes associadas a dezenas de milhares de mortes, atualmente, as mortes por frio superam as por calor em uma proporção de dez para um. No entanto, essa situação deve mudar com o aumento das temperaturas globais, prevendo-se uma queda nas mortes por frio e um aumento nas mortes por calor. A análise considerou cenários futuros de aumento de temperatura de 1,5 °C a 4 °C e a possibilidade de redução do risco de mortes por calor em 10% a 90% com melhorias nas estratégias de adaptação.

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